Nunes estava no cargo de prefeito em exercício durante licença de Covas para tratamento de câncer. Filiado ao MDB, Nunes foi vereador por dois mandatos. Ele compôs as bases petista e tucana na Câmara, defendendo anistia de templos religiosos irregulares e tentando barrar menções a termos de gênero do Plano Municipal de Educação.
Eleito vice-prefeito de São Paulo no pleito de 2020, Ricardo Nunes (MDB) assumiu em definitivo a cidade de São Paulo após a morte do prefeito eleito Bruno Covas (PSDB), na manhã deste domingo (16). Ele estava como prefeito em exercício desde o dia 2 de maio, pelo período de 30 dias, quando Covas se licenciou para dar continuidade do tratamento contra o câncer.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morreu às 8h20 deste domingo (16) aos 41 anos, em São Paulo, informou a prefeitura, em nota. Desde 2019, ele lutava contra um câncer no sistema digestivo com metástase nos ossos e no fígado. Ele deixa o filho Tomás, de 15 anos. Na sexta-feira (14), ele teve uma piora no quadro de saúde e a equipe médica informou que seu quadro havia se tornado irreversível.
Ricardo Nunes lamentou a morte de Covas em suas redes sociais, na manhã deste domingo.
“A dor toma conta, perder um amigo, um irmão, que é referência de integridade, companheirismo, generosidade, dói muito.”
A Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo se reuniu às 11h20 deste domingo e, com base na Lei Orgânica do Município, declarou a extinção do mandato do prefeito Bruno Covas (PSDB) em razão de seu falecimento. O presidente da Câmara, vereador Milton Leite (DEM), comunicou o prefeito em exercício Ricardo Nunes (MDB) que assumiu formalmente a Prefeitura de São Paulo.
Neste sábado (15), Ricardo Nunes participou do Dia D de vacinação contra a gripe e disse que a manutenção da agenda pública era uma forma de homenagear o prefeito Bruno Covas (PSDB).
“O objetivo de manter a agenda é de seguir exatamente o que o Bruno nos pediu. Não existe melhor homenagem ao prefeito do que a gente continuar trabalhando, do que a gente continuar atendendo a população de São Paulo que elegeu ele e a mim para isso.”
Nunes foi vereador por dois mandatos em São Paulo antes de se eleger vice na chapa PSDB-MDB que disputou a última eleição na capital paulista. Ele é ligado a associação de empresários da Zona Sul e à Igreja Católica, tendo composto as bases petista e tucana nos últimos oito anos na Câmara Municipal de SP.
Em 2012, após ganhar as eleições ao legislativo pela primeira vez, ele fez parte da base de apoio do prefeito Fernando Haddad (PT).
Durante o primeiro mandato, o vereador foi forte interlocutor da Igreja Católica na Câmara Municipal e fez forte lobby para anistiar e regularizar templos religiosos irregulares na lei de zoneamento em 2016.






