Operação conjunta resulta na prisão em flagrante de responsável por produzir e vender óleo falsificado com marcas conhecidas; local operava sem licença e em condições de risco.
Uma ação coordenada entre a Polícia Civil, Guarda Civil Municipal e órgãos da Prefeitura de Rio Claro resultou na interdição de uma fábrica clandestina de lubrificantes automotivos na manhã desta quarta-feira (07), no Distrito Industrial de Rio Claro. O flagrante ocorreu após denúncia anônima indicando atividade ilegal no interior da empresa Renova Soluções e Serviços Terceirizados Ltda.
O galpão, localizado na Rodovia Wilson Finardi, abrigava uma linha de produção de lubrificantes operando sem qualquer autorização legal. No local, os agentes encontraram tanques de grande porte, rótulos, lacres, galões e frascos com marcas conhecidas no mercado, como Lubrax, Mobil e Fly Lub, muitos deles com sinais evidentes de falsificação.
De acordo com as investigações conduzidas pelos 2º e 3º Distritos Policiais de Rio Claro, a empresa estava formalmente registrada em nome de um terceiro, mas era gerida de fato por um dos indiciados, que confessou estar produzindo os produtos enquanto “aguardava regularização”. A atividade, no entanto, contraria os dados declarados à CETESB, que registrava a empresa apenas como armazém isento de licenciamento.
As instalações apresentavam condições perigosas, com produtos químicos mal armazenados e sistema elétrico comprometido — cenário que oferecia risco de incêndio e explosão. A Vigilância Sanitária, a Defesa Civil e a Secretaria de Planejamento estiveram presentes e atestaram as graves irregularidades.
O Instituto de Criminalística realizou a perícia no local. Foram apreendidos celulares, rótulos, galões com produtos tóxicos, embalagens e outros materiais relacionados à prática criminosa.
O responsável foi preso em flagrante e encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça até audiência de custódia. O imóvel foi lacrado e permanece interditado.
A ocorrência foi registrada sob natureza de crime contra a ordem econômica, crime ambiental, falsidade ideológica e violação de marca. As investigações continuam para apurar o envolvimento de outras pessoas.