O acesso a Rodovia Washington Luís foi fechado pela concessionária Eixo nessa sexta-feira.
Na manhã deste domingo moradores dos bairros São Bento, Chácara Betel, Jacutinga, Camacuã e Itapé se reuniram no Km 183+200m para protestarem sobre o fechamento da Estrada Municipal de Brotas na última sexta-feira.
Os moradores questionam o fechamento do acesso da estrada á Rodovia Washington Luís.
Com a estrada fechada o único acesso para entrada e saída dos bairros é a estrada de terra que sempre está em péssimas condições, principalmente quando chove.
Estiveram presentes no local em apoio aos manifestantes: a ex-vereadora Maria do Carmo Guilherme assessora do Deputado Federal Baleia Rossi, o vice-prefeito de Rio Claro Rogério Guedes, o vice-prefeito de Corumbataí João Altarúgio, os vereadores de Rio Claro: Julinho Lopes, Sergio Carnevale e Alessandro Almeida e o vereador Cristiano Lazzarini de Corumbataí.
Na manhã deste domingo nossa reportagem esteve no local conversando com os moradores que estavam protestando contra o fechamento da estrada. Eles reivindicam a abertura da estrada imediata.
A ex-vereadora Maria Do Carmo Guilherme (assessora do Deputado Federal Baleia Rossi), demostrou grande preocupação com a questão da saúde citou o nome de um dos moradores mais antigos do bairro o Senhor Geraldo Tomazela (93 anos) e todo seu empenho e toda a tradição do bairro formado por grande parte pela família Tomazela.
Em sua fala Maria disse; “nós estamos numa pandemia, quero saber se acontecer alguma coisa com alguém na área da saúde no bairro quem vai ser o responsável, quem vai assumir a dificuldade do acesso? Questionou a Assistente Social Maria do Carmo que sempre teve uma grande preocupação com a saúde no nosso munícipio.

Segundo a moradora do Chácara Betel Vanessa Santana; “Na sexta-feira quando estávamos voltando para nossa casa eu meu marido e meus filhos, viemos pela estrada municipal. No caminho havia um caminhão atolado, não conseguíamos passar. Nossa opção foi retornar pegar a estrada de Araras, depois a Washington Luís, passar pelo pedágio para chegar em casa. Ao chegar na entrada deparamos com o guard-rail na entrada que dá acesso a nossa casa. Tivemos que andar mais para frente para pegar uma outra estrada e só assim conseguir voltar. Chovia muito naquele momento e eu e minha família numa situação de vulnerabilidade como essa. A concessionária tirou o nosso direito de ir e vir. Não só da minha família, mas de muitas outras famílias. Precisamos de apoio para resolver essa situação. Não podemos ser isolados desta maneira”, disse Vanessa Santana.
Segundo Andreia Tomazella, moradora do Bairro São Bento um dos bairros mais antigos da área rural. “O fechamento desse acesso gera um grande transtorno para todos nós em casa temos meu avó Geraldo Tomazella com 93 e minha avó Hermínia Tomazella de 93 que sempre precisam de cuidados médicos aqui nós não temos recursos nesta área. A única opção é utilizar a rodovia para levá-los em busca de assistência médica com o acesso a rodovia fechado ficamos trancados no bairro.” Disse Andreia.

Outro problema apresentado por Andreia são as 3 cerâmicas em operação no bairro.
“Temos funcionários que utilizam a rodovia para irem e virem ao trabalho, caminhões que carregam matéria prima para as cerâmicas e também crianças do bairro que vão para a escola. No momento algumas estão on line , mas temos que ir para Rio Claro para buscar atividades as escolares. Nós dependemos da Rodovia a estrada municipal não oferece segurança. A Rodovia é muito mais segura com o fechamento não tem como acessar a rodovia.” Finaliza Andreia Tomazella
Segundo Simone Tomazella moradora do Bairro São Bento; “Em 2019 já haviam fechado o acesso na altura do Km 184 dizendo que estava irregular, agora estão querendo fechar esse também que é o único acesso que temos. Eles querem fechar o acesso porque tem motoristas que utilizam a estrada como rota de fuga do pedágio. Eles devem buscar outra alternativa não fechar a estrada. Nesse bairro temos 3 cerâmicas que dependem da estrada para escoar a produção. Disse Simone Tomazella
Adriana Aguirra moradora do bairro de Itapé, que trabalha como diarista em várias casas de família em Rio Claro disse que utiliza o acesso para ir trabalhar. Para ela a cobrança do pedágio é pesada por dia ela gasta R$ 16,80 só de pedágio, mais o combustível. Sem transporte público fica praticamente inviável.

Nota da Eixo SP
Questionada sobre o assunto a Eixo SP Concessionária de Rodovias enviou a seguinte nota: “o fechamento dos acessos irregulares localizados nos km 183 + 200m e km 184 + 800m da SP-310 – Rodovia Washington Luís, ambos no sentido interior, se deu em virtude de cumprimento de ordem judicial, proferida nos autos do processo movido em face da concessionária. Na citada decisão, proferida pelo Tribunal de Justiça, houve o seguinte entendimento: “os acessos de que se está tratando são irregulares, pois não foram feitos com autorização do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo – DER, da Desenvolvimento Rodoviário S/A – DERSA, tampouco da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo – ARTESP.”
