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Os 40 anos da carreira de assistente agropecuário: uma história de impacto e inovação

Por Victor Branco de Araujo

Neste ano, a carreira de assistente agropecuário completa 40 anos de regulamentação, um marco que celebra a contribuição decisiva desses profissionais para o agronegócio paulista e brasileiro. Com atuação nas Coordenadorias de Assistência Técnica Integral (CATI), Defesa Agropecuária (CDA) e Desenvolvimento dos Agronegócios (CODEAGRO), os assistentes agropecuários têm sido protagonistas em ações que impulsionam a produtividade, a sustentabilidade e a inovação no campo.

Em São Paulo, o trabalho desses profissionais vai muito além do suporte técnico: eles lideram iniciativas que transformam realidades. Após uma das mais severas ondas de queimadas no Estado, os assistentes agropecuários tomaram a frente em ações de recuperação ambiental, como a proteção de nascentes na região de Barretos. Lá, estão sendo construídas estruturas no modelo caxambu, que evita contaminações externas e garante água de qualidade para os produtores rurais.

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No oeste paulista, na região de Presidente Prudente, os assistentes agropecuários estão liderando práticas pioneiras em bem-estar animal. A identificação de animais vacinados contra a brucelose passou a ser feita com brincos em vez de ferro quente, tornando o processo menos invasivo e mais ético. A medida, aprovada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), é exemplo do compromisso com práticas inovadoras que respeitam os animais e melhoram a eficiência do manejo.

Outro exemplo de impacto significativo vem da região de Itapeva, onde a adoção do MIP (Manejo Integrado de Pragas) na cultura da soja tem reduzido em até 40% o uso de defensivos agrícolas. Essa abordagem sustentável, coordenada pelos assistentes agropecuários, equilibra a dinâmica populacional de pragas e minimiza danos econômicos, beneficiando tanto o meio ambiente quanto os produtores.

No Vale do Ribeira, a produção de cacau em sistemas agroflorestais está transformando a vida de pequenas famílias agricultoras. Com apoio técnico dos assistentes agropecuários, o cacau é cultivado junto a outras culturas, como banana e pupunha, preservando a Mata Atlântica e agregando valor com a manufatura local, no modelo “bean-to-bar”, do grão à barra de chocolate. Grandes empresas já reconhecem e investem nesse trabalho, impulsionando a economia regional.

Já em Valinhos, o consórcio entre goiabeiras e frutas vermelhas tem proporcionado diversificação de renda e maior sustentabilidade. Essa prática, orientada por assistentes agropecuários, otimiza recursos hídricos e reduz a necessidade de insumos químicos, criando uma solução lucrativa e ecologicamente responsável para pequenos e médios agricultores.

Os exemplos são muitos e demonstram que os assistentes agropecuários têm papel estratégico no desenvolvimento rural e agrícola. Eles são responsáveis pelo controle sanitário, gestão sustentável das propriedades e implementação de políticas públicas que fortalecem o setor. Além disso, são fundamentais na garantia da segurança alimentar e no crescimento econômico de uma das principais engrenagens da economia nacional.

*É presidente da AGROESP (Associação dos Assistentes Agropecuários do Estado de São Paulo)

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