Número de focos dobrou e já chega a 22 de janeiro neste ano. Veja os cuidados com a saúde.
O tempo seco e o calor intenso deixam a umidade relativa do ar muito baixa, o que favorece as queimadas em Rio Claro (SP). O número de focos já chega a 22 de janeiro até agora, mais que o dobro em relação ao ano passado quando foram registrados 10. A situação afeta a saúde da população.
Somente nesta semana foram três queimadas na área da Floresta Estadual. Praticamente todos os incêndios ocorridos na cidade estão nas margens, perto das casas, onde há circulação de pessoas.
Essa coincidência não é por acaso. Em volta da floresta existem vários pontos de descarte, onde os moradores jogam entulho de forma irregular. Normalmente o fogo começa e rapidamente se alastra em direção ao centro da mata.
Crime ambiental
As equipes de combate entram em ação pra diminuir os impactos. Apesar de ter dobrado o número de queimadas, a área atingida não subiu na mesma proporção. São 35 hectares até agora, contra 32 no ano passado.
“Isso mostra a eficiência que está sendo feito o combate por parte do plano de combate a incêndios florestais da floresta, com apoio do bombeiro e da Defesa Civil.
A articulação do acionamento está sendo rápida, mas a gente precisa que a população pare de tacar fogo na floresta”, afirmou o gestor da floresta, Rodrigo Campanha.
Por meio de uma denúncia, a Guarda Municipal conseguiu prender essa semana uma pessoa que colocou fogo na mata.
“A viatura chegando no local deu flagrante no indivíduo ainda ateando fogo na área de preservação ambiental. Ele foi conduzido até o plantão, onde foi enquadrado no artigo 41 da Lei 9.605”, disse o guarda Antônio Marcelo Tomazella.
Problemas respiratórios
As consequências desse crime afetam a vida de todos os moradores. Segundo a Defesa Civil, a umidade do ar tem ficado abaixo de 30% e nesta quarta-feira (18) chegou a 21, considerado estado de atenção. Combinada com a poluição pela fumaça, a situação agrava os problemas respiratórios.
“Crianças e pessoas idosas sentem mais esse problema, então nesse período que a umidade é mais baixa nós orientamos a evitar uma exposição ao sol e evitar exercícios das 9h às 15h”, alertou o diretor da Defesa Civil, Wagner Martins Araújo.
A autônoma Márcia Aparecida Santana enche vasilhas com água e espalha pelos cômodos todos os dias, mas, quando acontece uma queimada por perto, ela é obrigada a deixar a casa.
“Eu tenho uma criança com problema de asma, então para não cair no pronto-socorro, não ficar de bombinha, tomando inalação e ver o sufoco dele, o nosso processo é trancar as portas e sair para um ambiente onde a gente possa respirar”, afirmou.
Fonte: G1 São Carlos e Araraquara
