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O papel de cada um!

Jovens do mundo todo marcaram presença na Conferência do Clima das Nações Unidas – COP 26. Diante da incontestável urgência climática, deixaram evidenciada a necessidade da tomada de decisões “para ontem”, apresentando justas cobranças para que seus futuros sejam levados em conta. O único caminho é limitar o gás carbônico na atmosfera e reduzir a emissão de outros gases do efeito estufa. Todas as nações têm obrigações por cumprir, especialmente as metas de emissões a que se comprometeram na última década.

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Falando dos “outros”, a China, a Índia e os Estados Unidos são, nesta ordem, os maiores consumidores de carvão. A China consome 5 bilhões de toneladas/ano, mas, mesmo assim, tais nações não se mostram dispostas a consumir menos e buscar fontes de energia limpa. Pelo contrário, são dependentes de uma matriz energética poluidora.

Em que pese 46 países tenham anunciado o abandono do seu uso, o compromisso dos EUA e da China são o de apenas não mais financiarem projetos baseados no carvão em outros países, o que demonstra posicionamento pouco exitoso em relação ao esperado. O diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE) pontuou que, sem a presença dos EUA e China nesse acordo, as metas para o carvão estão comprometidas.

Infelizmente, a COP-26 deixou evidente a falta de compromisso de alguns países em relação à queima de carvão, o que compromete todo o planeta e promove o aquecimento global. As metas de corte de emissões ficaram muito abaixo do que anunciado desde o Acordo de Paris, e isso foi muito reiterado pelos jovens que estiveram em Glasgow, na Escócia, em todos esses dias de intensos debates.

Falando de “nós”, o Brasil suavizou a retórica de confronto adotada pelo Governo Federal, aliando-se, de alguma forma, aos EUA e à União Europeia, revendo metas voluntárias de corte de emissões e se comprometendo a diminuir as de metano. Isso porque, só no ano de 2020, o Brasil gerou 20,2 milhões de toneladas desse gás, sendo a agropecuária brasileira responsável por 71,9% dessas emissões. Pressionadas por mais de 100 países, as autoridades brasileiras assumiram na COP- 26 (Conferência das Partes) o compromisso de reduzir 30% do gás metano em relação ao patamar de 2020, até 2030.

O nosso ministro do Meio Ambiente lá discursou e cobrou os “ricos” a abrirem seus cofres e garantir financiamento aos emergentes; devem os abonados reconhecer a emergência financeira e mobilizar recursos necessários para atingir os objetivos desejados na Conferência. Proclamou que “o futuro verde já começou no Brasil” e que o país “faz parte da solução”.

Do discurso à prática, além da questão do metano, há um outro ponto positivo para “nós”, e veio do protagonismo levado a efeito pela Fundação SOS Mata Atlântica, presente na Conferência. De fato, 29% da Mata está reduzida, sendo que os caminhos para neutralizar o desmate são zerá-lo até 2030, expandir a agricultura de baixo carbono e reflorestar 15 milhões de hectares de espécies nativas, num projeto incrível que sinaliza para um prazo muito melhor do que inicialmente previsto (2050) para isso acontecer.

Cobra-se muito de “nós”, é verdade! Mas a COP-26 deixa claro que os “outros” também pouco fizeram desde o Acordo de Paris. E cobram porque não estamos dando conta da questão do desmatamento, que representa 44% das emissões de gases de efeito estufa do país, sendo 90% oriundo de atividades ilegais, de acordo com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Os gases de efeito estufa cresceram 9,5% em 2020, mesmo com a pandemia.

Assumamos o nosso papel, pelos jovens da Conferência e também por nossos jovens. Muito embora o Brasil tenha se comprometido com a redução da emissão de metano e o Ministro tenha dado o recado que aqui em terras tupiniquins o “futuro verde” já começou, fazer parte da “solução” é muito mais do que discursar: é imprescindível que se desenvolvam políticas públicas, fiscalização e estímulo financeiro para frear desmatamentos ilegais e reduzir emissões de gases do efeito estufa.

William Nagib Filho, Conselheiro da OAB/SP e Carol M. Palma, Advogada Ambientalista

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