Com o depoimento da vereadora Carol Gomes (Cidadania), terminou na tarde desta segunda-feira (10) a fase de instrução da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) constituída para apurar se algum integrante da Câmara Municipal de Rio Claro furou a fila da vacinação contra a Covid-19.
Sem novas testemunhas ou diligências programadas, o presidente da CPI, Hernâni Leonhardt (MDB) anunciou que o relator, Adriano La Torre, deverá apresentar o documento final até o próximo dia 17. Se o relatório concluir pela procedência da denuncia e tiver aprovação da maioria dos integrantes da Comissão, o texto será transformado em Projeto de Resolução.
O andar da carruagem, no entanto, sinaliza para o arquivamento – caminho, aliás, que ficou evidente já na sessão da CPI de uma semana atrás. Na oportunidade, o vereador Luciano Bonsucesso (PL), que levantou a lebre da quebra de ordem cronológica na ordinária do dia 5 de abril, chegou a se desculpar por ter feito a insinuação.
Também ouvidos formalmente, José Pereira (PSD) e Sivaldo Faísca (DEM), confirmaram que ouviram Carol Gomes comentar, durante reunião de líderes, que estaria imunizada. Ambos, todavia, admitiram que a frase pode ter sido falada em tom de brincadeira ou ironia.
Esse foi o mote da líder do governo ao depor. A exemplo do que havia feito na sessão da CPI do dia 3, Carol declarou que em momento algum disse que foi vacinada, mas apenas estaria imunizada naquele ambiente onde muitos foram infectados. Além de negar, apresentou exame sorológico realizado em 20 de abril com resultado negativo para a presença de anticorpos – o que indicaria que nem tomou vacina e nem contraiu coronavírus.
Aberta a etapa de questionamentos, Serginho Carnevale (DEM), a exemplo do que fez no depoimento de Luciano Bonsucesso, perguntou se Carol estava arrependida. Obviamente, a resposta foi positiva, principalmente pelos desdobramentos e repercussão negativa.
Diante do tempo despendido por vereadores, funcionários e todos os demais envolvidos, o próprio Serginho resumiu a CPI e seu provável desfecho: “A montanha pariu um rato”