O rompimento da barragem em Brumadinho (MG) devastou 133,27 hectares de vegetação nativa de Mata Atlântica e 70,65 hectares de áreas de proteção permanente ao longo de cursos d’água. Os dados são preliminares e foram divulgados na quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
De acordo com o órgão, o cálculo foi feito pelo seu Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais (Cenima) a partir de imagens de satélite. O cenário de dois dias após o rompimento foi comparado com os de 3 e 7 dias antes da ocorrência.
A tragédia de Brumadinho aconteceu na última sexta-feira (25) a partir do rompimento de uma barragem da Vale, na Mina Feijão. A análise foi realizada no trecho que vai da barragem até o encontro do rejeito com o Rio Paraopeba. A destruição total é de pelo menos 269,84 hectares.
Nas margens do Rio Paraopeba, ainda não houve análise em razão de nuvens nas imagens de satélite. “Nos próximos dias o Ibama concluirá laudo técnico com a avaliação preliminar sobre os impactos ambientais causados pelo rompimento da barragem”, diz o órgão em nota oficial.
Segundo monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Agência Nacional de Águas (ANA), a pluma que mistura de rejeito e água percorreu 98 km ao longo do Rio Paraopeba e está agora no município de São José da Varginha (MG). “Os dados observados nos pontos monitorados mostram uma diminuição da turbidez ao longo do rio, no trecho entre Brumadinho e Mário Campos, indicando que está ocorrendo uma deposição dos sedimentos”, informaram os órgãos.