Criminosos invadiram a Associação de Cafeicultores de Montanha na noite da segunda-feira (14) e usaram maquinário do local para furtar as sacas do grão.
Cerca de 250 sacas de cafés especiais avaliadas em R$ 300 mil, que seriam exportadas para a Europa, foram furtadas da Associação de Cafeicultores de Montanha de Divinolândia (SP), na noite da segunda-feira (14). A Polícia Civil investiga o crime.
Para terem acesso ao barracão, os ladrões arrancaram uma grade de proteção e desligaram a internet. Isso fez com que o sistema do local fosse interrompido. Depois, desligaram os alarmes e destruíram o local que armazenava as imagens das câmeras de segurança.
“Eles desceram no armazém e usaram a própria empilhadeira e o sistema de carregamento dos bags. Só não levaram mais cafés porque não sabiam acionar o sistema de gás da empilhadeira. Quando acabou o gás, eles terminaram o ‘serviço'”, disse a presidente da associação Carmem Costa.
A associação é composta por 74 produtores rurais da região que trabalham na agricultura familiar. “É o sustento da família, é o sustento que ele vai dar para a família dele. Então é muito triste o que aconteceu”, lamentou a presidente.
Este é o quarto furto com as mesmas características que acontece no período de oito anos.
O que é café especial?
Café especial X tradicional – enquanto o café especial é feito só com sementes de frutos maduros, o café tradicional aceita mistura com grãos verdes, secos, que passaram um pouco do ponto. Além disso, pode conter impurezas, como galhinhos e cascas da colheita. Porém, o governo estabeleceu que, a partir de janeiro de 2023, o café comum não poderá conter mais de 1% de impurezas.
O gosto amargo do café tradicional existe por causa da torra escura que a indústria faz para esconder as imperfeições. A torra do especial é mais clara, como na imagem acima.
Fonte: g1 São Carlos/Araraquara