Anuncie aqui
Anuncie aqui

Pode isso, Arnaldo?

Por: Willian Nagib Filho

Anuncie aqui

No preâmbulo da Constituição Federal consta que os representantes do povo ali reunidos instituíram um Estado Democrático, destinado a assegurar a igualdade como um dos valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos.
O Estado Republicano assegura o interesse público de todos os cidadãos no que se refere à tomada de decisões pelos governos, num exercício em função do povo e para o povo, com transparência.
Também na CF/88 está previsto o limite máximo do salário do serviço público.
Pois bem: a chamada Proposta de Emenda Constitucional “PEC do Quinquênio”, a ser votada no Senado Federal e depois na Câmara, cria um bônus salarial para juízes e integrantes do MP, contrariando princípios da Constituição, ao mesmo tempo em que representa um risco para a entrega de serviços essenciais à população e levará os Estados ao descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal ao estourar o limite de gastos com pessoal.
É o que diz a Nota Técnica da própria Consultoria do Senado Federal.
De autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a PEC cria mais um adicional ao salário de algumas categorias além do limite da Constituição: aumento de 5% a cada cinco anos, até chegar a 35%, fazendo com que o salário final extrapole o teto do funcionalismo, hoje de R$ 44.008,52 mensais.
Pacheco alega que irá valorizar quem está há mais tempo na carreira e estimular a permanência dos bons profissionais no serviço público. O presidente do TJSP acha positiva a PEC, porque o magistrado mal remunerado poderia estar sujeito à corrupção.
Só que não é bem assim.
Trata-se de um aumento de privilégios para a elite do funcionalismo e um impacto para as contas públicas.
Servidores do Judiciário e do Ministério Público já se posicionaram contra o avanço da PEC, pois vai ocupar ainda mais o orçamento com a cúpula, não deixando espaço para as reivindicações básicas dos servidores, prejudicando a reposição salarial da inflação e as nomeações de servidores a partir de concursos.
O impacto em três anos aos cofres públicos será perto de R$ 82 bilhões, se vingar Emenda do senador Eduardo Gomes que estende a benesse a outras categorias.
Haverá grave risco para o custeio de serviços essenciais à Cidadania.
Daí porque vem sendo considerada uma medida irresponsável e indefensável, em afronta às boas práticas de gestão. Vai na contramão da modernização do Estado, comprometendo o equilíbrio fiscal.
Aliás, todo projeto desse tipo deve indicar a fonte de recursos para bancar novos gastos obrigatórios. Na tal PEC não se diz de onde virá o din-din!
Não se fala em meritocracia. É um aumento vegetativo da folha. Premiar pelo tempo de trabalho apenas alguns, o que afronta princípios da igualdade e da gestão eficiente de pessoas: prezar por produtividade, comprometimento, entrega e avaliação de desempenho.
Não voga a alegação de assegurar atratividade para as carreiras públicas alvo da PEC: a procura pelos concursos só aumenta. Não se perderão talentos, porque a PEC traria benefício para quem já tem níveis remuneratórios mais altos do que a média na iniciativa privada.
Se para Pacheco não se pode permitir que vocacionados queiram sair das suas carreiras para irem para a iniciativa privada, para a política ou para o exterior, porque a atividade da vocação deles deixou de ser atrativa, os críticos pontuam que a PEC vai aprofundar a desigualdade de renda entre servidores públicos. A base continuará a ganhar muito pouco.
Num país de renda média baixa, que tem diversos problemas sociais, onde quem recebe R$ 7 mil já é enquadrado entre os 10% ricos, tal PEC não faz sentido.
Pacheco se diz sensível às críticas e à tragédia no Rio Grande do Sul. Por isso irá “melhor avaliar o impacto” financeiro antes de seguir.
Se aprovada, a maioria mais pobre e sem poder de lobby vai pagar a conta.
Pode isso Arnaldo?
Soa como pênalti e cartão vermelho, para dizer o menos!


Colaborador: William Nagib Filho – Advogado

Anuncie aqui
Anuncie aqui

Unimed Rio Claro apresenta:

Dr. Nelmer Rodrigues conversa com Dr. Alexandre Viviani - Cardiologista e também o Dr. Sérgio Antonio Pezzoti - Cardiologista falando sobre o tema "As Doenças do Coração".

Últimas notícias

Governo de SP reforça ao STF compromisso com a política de câmeras corporais

Documento encaminhado ao ministro Luís Roberto Barroso nesta sexta-feira detalha os avanços trazidos pelos novos equipamentos. O Governo de São...
Anuncie aqui

Jogue e descubra a nossa palavra do dia!

Mais notícias

Anuncie aqui
Anuncie aqui

Duplo Homicídio em Área Rural de Rio Claro Deixa Dois Mortos...

Polícia Militar atende ocorrência de disparos de arma de fogo; investigações estão em andamento. Na madrugada deste domingo (8), a Polícia Militar foi acionada para...

Fim dos Cambistas?

Você, pobre mortal, tenta comprar um ingresso para grandes shows musicais ou jogos esportivos e não consegue! Se for compra virtual em poucos minutos...

“Outubro Rosa no Clube Rio Claro Sul: Prevenção e Solidariedade em...

No último dia 29 de outubro, o Clube Rio Claro Sul foi palco de uma noite memorável, marcada pela união em prol de uma...
Anuncie aqui

Desfile Solidário: Elegância e Generosidade em Cena pelo Rotary Club de...

Evento em parceria com a Polo Sul Modas encantou com moda e solidariedade, arrecadando fundos para ações comunitárias e projetos internacionais do Rotary. Rio Claro...

10º Sarau Solidário Sons de Nebadon: Uma Celebração de Talentos e...

Na última terça-feira (5), Rio Claro foi palco de uma noite inesquecível com o 10º Sarau Solidário Sons de Nebadon, realizado no Grupo Ginástico...
Anuncie aqui