Calor extremo marcou fevereiro no RS, com máximas acima de 40°C e temperaturas médias muito acima do normal em várias cidades.
O Rio Grande do Sul passou por um mês de fevereiro extremamente quente, com diversos municípios apresentando temperaturas máximas médias acima dos 35°C. O calor intenso foi tão severo que algumas cidades ultrapassaram os 40°C de temperatura máxima absoluta em determinados dias.
Temperaturas extremas e calor persistente
Porto Alegre também enfrentou temperaturas elevadas ao longo de fevereiro. No Jardim Botânico, a máxima absoluta chegou a 39,3°C, com uma máxima média de 33,1°C. Em Belém Novo, a máxima absoluta foi de 39,2°C, reforçando o calor persistente na capital.
Além das máximas absolutas elevadas, muitas cidades registraram médias diárias acima de 35°C, evidenciando um mês excepcionalmente quente. Destacam-se Santa Rosa (35,1°C), São Borja (35,8°C), São Luiz Gonzaga (35,3°C), Santiago (35,9°C), Uruguaiana (35,2°C) e Quaraí (36,8°C).
Ao comparar com as médias climatológicas de temperatura máxima para fevereiro, fica evidente o desvio significativo deste ano. Porto Alegre, por exemplo, costuma registrar uma máxima média de 30,5°C, mas em 2025 chegou a 33,1°C. Santa Rosa e São Borja, que normalmente têm médias de 30°C, registraram 35,1°C e 35,8°C, respectivamente. Em São Luiz Gonzaga, onde a máxima média climatológica é de 31,9°C, a média registrada neste fevereiro foi ainda maior.
Em outras cidades, o calor também foi intenso em relação à normal climatológica. Santiago, que tem uma média de 28°C, atingiu 35,9°C, enquanto Uruguaiana saltou de uma média de 30,8°C para 35,2°C. Já Quaraí, que tem média de 29°C, registrou 36,8°C, um desvio impressionante.
Fatores por trás do calor extremo
O mês de fevereiro foi caracterizado pela atuação de massas de ar quente sobre o estado. A primeira onda de calor ocorreu entre os dias 2 e 7 de fevereiro, trazendo temperaturas extremamente elevadas. Esse episódio foi prolongado até o dia 12 de fevereiro, mantendo o calor intenso por quase duas semanas. Entre os dias 12 e 21, o Rio Grande do Sul saiu do foco das temperaturas mais extremas, mas o calor voltou com força a partir do dia 22, estendendo-se até o final do mês. Essa sucessão de ondas de calor contribuiu para o fevereiro historicamente quente no estado.
Impacto do calor e precipitação irregular
O calor extremo afetou diversas atividades no estado, impactando a agricultura, aumentando o consumo de energia elétrica e intensificando a sensação de desconforto térmico.
Apesar das altas temperaturas, algumas cidades registraram volumes expressivos de chuva. São Vicente do Sul teve o maior acumulado de precipitação, com 186,2 mm, seguido por Santa Maria (159,8 mm) e Canela (157,2 mm). Em contrapartida, algumas cidades ficaram praticamente sem chuva significativa, como Cruz Alta (24 mm), Quaraí (22,8 mm) e São Borja (57,4 mm).
Fonte: Climatempo