Na noite dessa quarta-feira (4). A equipe da Polícia Civil foi acionada via COPOM para atenderem ocorrência de pessoas lesionadas por disparo de arma de fogo, na Rua 21, altura do numeral 2.971, no bairro Wenzel, em Rio Claro (SP).
Os Policias se dirigiram rapidamente ao local, onde encontraram diversos outros policiais militares, e viram a vítima Jéssica de Lima Pereira, na calçada, em decúbito dorsal, com perfurações provocadas por disparos de arma de fogo na região da testa, tórax à direita e dorso à esquerda, a qual, ainda apresentava sinais vitais, todavia, não conseguia se expressar em razão ao seu estado de grave.
A equipe também encontrou caído na calçada, a vítima Henrique Soares Nunes, que apresentava lesões corporais provocadas por disparo de arma de fogo, os quais o atingiram na região do antebraço direito.
Os Policiais Militares dizem que, de imediato, acionaram o SAMU e o Corpo de Bombeiros para socorrerem as vítimas.
No local a vítima Jéssica aparentava sinais de que não resistiria aos ferimentos, mas o Corpo de Bombeiros a levou até a Santa Casa de Rio Claro onde foi constatado o óbito.
Já vítima Henrique também foi socorrida até a Santa Casa por servidores do SAMU,
onde recebeu atendimento e permaneceria internado, o mesno não corria risco de morte.
A vítima Henrique disse aos Policiais Militares que sua companheira Jéssica havia saído do imóvel em que residem, pouco tempo antes dos disparos, mais precisamente de um prédio abandonado, no interior de um terreno pertencente a uma cerâmica que encerrou suas atividades, para se dirigir ao supermercado e em determinado momento ouviu disparos de arma de fogo e saiu de sua residência para verificar o que estava acontecendo e viu Jéssica caída no meio da via pública, bem como um veículo de cor cinza saindo em alta velocidade, sendo que seus ocupantes ao vê-lo também dispararam em sua direção e o atingiram.
Segundo informações; Henrique estava muito alterado e nervoso e foi ele quem forneceu o seu nome e de Jéssica.
Segundo informações do Boletim de Ocorrência os Policiais Militares salientam que no mesmo imóvel em que Henrique e Jéssica residiam, mora uma testemunha, o qual confirmou o que foi dito por Henrique e disse que ao ouvir os disparos permaneceu no interior do imóvel em que reside, não tendo visto nada do que aconteceu, mas ouviu diversos disparos de arma de fogo.
Há cerca de trinta metros de onde as vítimas estavam caídas, bem próximo à entrada do imóvel da antiga cerâmica, foi encotrado um revólver, marca Taurus, em péssimo estado de conservação, calibre 38, com a numeração suprimida, municiado com cinco cartuchos, todos do mesmo calibre, sendo três picotados e dois íntegros, tendo Henrique dito que ele nada sabia a respeito da arma, inclusive, afirmou que não possuía nenhum tipo de arma de fogo.
A testemunha afirmou, que nunca viu Henrique e Jéssica portando arma de fogo.
Durante contato na Santa Casa; Henrique chegou a dizer aos policiais que é usuário de droga e já foi ameaçado por uma pessoa, para quem ficou devendo valores referentes a aquisição de drogas e acredita ter sido ele o autor dos disparos.
A equipe Policial teve acesso as Câmeras de segurança e ao assistir as imagens gravadas pelo sistema de segurança de uma casa localizada na Rua 21, através das quais é possível ver que um veículo de cor escura, podendo ser cinza, parou nas proximidades do local dos fatos e o corpo de Jéssica foi jogado pelos ocupantes na via pública, aparentemente já com as perfurações por disparo de arma de fogo, não foi possível verificar quem a colocou sobre a calçada, próximo à vítima Henrique.
O delegado da Polícia Civil bem como o Agente Policial e a Equipe do Instituto de Criminalística, estiveram no local, onde realizaram o trabalho pericial.
Durante os trabalhos periciais, a Equipe do Instituto de Criminalística encontrou perfurações no muro do imóvel da antiga cerâmica, próximo à entrada onde foi localizada a arma de fogo apreendida, perfurações que foram possivelmente causadas por disparo de arma de fogo. Não sendo localizadas cápsulas deflagradas no local dos fatos.
A perícia também recolheu sangue caído próximo ao corpo de Henrique e próximo à arma de fogo, inclusive, com intuito de apurar se o revólver estava sendo portado por ele no momento em que ocorreram os disparos.
Os policiais militares dizem que ao assistirem imagens gravadas não foi possível por meio delas obter dados que pudessem identificar os autores e de onde foram efetuados os disparos que atingiram a vítima Jessica.
Também foi apurado que existem outras câmeras de segurança em empresas situadas nos imóveis números 3021 e 3041, da mesma via pública, nas quais não foram encontradas pessoas para que pudessem fornecer as imagens.
A equipe da polícia civil irá dar início à apuração dos fatos.
