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Ceramistas e autônomos relatam dificuldade para comprar comida em quarentena: ‘geladeira vazia’

90% das indústrias de Santa Gertrudes (SP) estão paralisadas para evitar disseminação de coronavírus. Prefeitura informou que fará cadastro de famílias em vulnerabilidade social.

Depois que aproximadamente 90% das indústrias de cerâmica de Santa Gertrudes (SP) paralisaram a produção, famílias de ceramistas e autônomos que prestam serviço nesse segmento estão passando por dificuldade financeira, inclusive para pagar pela alimentação.

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Com geladeira vazia, família divide duas marmitas entre 6 pessoas em Santa Gertrudes — Foto: Arquivo pessoal

Sem comida nas geladeiras, as famílias precisam pedir ajuda para parentes e amigos. Em algumas casas, a principal refeição é o marmitex oferecido aos alunos da rede municipal na hora do almoço.

A Prefeitura de Santa Gertrudes informou que adotou a distribuição de marmitex como uma das primeiras medidas e deve fazer cadastro das famílias em vulnerabilidade social.

Necessidade

Ceramistas e autônomos relatam dificuldade para comprar comida em Santa Gertrudes — Foto: Arquivo pessoal

Em uma casa no Jardim Jequitibás 1, onde moram quatro adultos e quatro crianças, a quarentena mudou a rotina da família.

Segundo o autônomo, que preferiu não se identificar, desde que a paralisação começou a esposa que trabalhava em uma cerâmica e o sobrinho perderam os empregos. Ele, que trabalhava nas ruas, também está impedido de trabalhar.

“Atrasou bastante a vida da gente, para você ter noção, a geladeira hoje está vazia, a gente tem só arroz e feijão”, contou.

Na casa, apenas uma pessoa está conseguindo trabalhar como faxineira. A prioridade da família, agora, está sendo manter o aluguel de R$ 750.

“Hoje nós fomos na escola, que eles estão dando marmitex no lugar da merenda, e isso que vai ajudar nós. A gente pegou duas marmitas e vai dividir entre eu, quatro crianças e o sobrinho da minha esposa”, contou.

Ajuda

Marmitex que foram dados no lugar da merenda são divididos entre adultos e crianças — Foto: Arquivo pessoal

A dona de casa Suellen Cristina da Costa Reis também relatou o impacto que a suspensão das cerâmicas teve na rotina da família. Seu marido trabalha como ajudante no carregamento e descarregamento de caminhões em várias cerâmicas, mas não tem registro formal em nenhuma delas.

Desde a suspensão da produção, ele não está conseguindo trabalhar e tem dificuldade para pagar as contas da casa.

“Quem está me ajudando é minha mãe, que mora em São Paulo. Se não fosse ela, a gente não ia ter o que comer, porque não tem como comprar. O aluguel aqui é caro, ou a gente paga uma coisa, ou paga outra”, contou a dona de casa.

Segundo Suellen, desde que a quarentena teve início, a única ajuda que recebeu da prefeitura foi a entrega de marmitex para os dois filhos.

Mesmo assim, ela chegou a oferecer os vouchers que dão direito à retirada da refeição para outra família, que está passando por mais necessidade, e fazer uma pequena campanha de arrecadação de alimentos.

“Não é só a minha família que está passando por isso, são muitas, praticamente a cidade toda trabalha em cerâmica. Eu fico imaginando como estão as pessoas que não têm ajuda de ninguém, é de doer o coração”, disse.

Medo

Na casa da auxiliar de limpeza Natalia Ermindo de Oliveira, a renda também diminuiu. O marido, que é empregado de uma empresa de produção de vasos, teve o salário reduzido pela metade durante a quarentena.

Além disso, a cesta básica que a família ganhava mensalmente da empresa não chegou. Para almoçar, o casal e a filha dividem o marmitex doado na escola.

“Aqui em Santa Gertrudes estão dando uma marmita por criança, mas a família também tem que comer. Em Rio Claro e Limeira já estão dando cesta básica”, contou.

Segundo Natalia, a situação se repete na casa da sua vizinha, onde a família também perdeu o emprego.

“A gente trabalha com um pé na firma e um pé na rua, com muito medo de ser mandada embora também”, contou.

Auxílio e cadastro

Prefeitura Municipal de Santa Gertrudes (SP) — Foto: Reprodução Google Maps

Em nota, a Prefeitura de Santa Gertrudes informou que iniciou, na última quarta-feira (15), a distribuição de marmitex para alunos matriculados na rede municipal de ensino.

Segundo a prefeitura, essa foi uma das primeiras medidas adotadas pelo governo municipal, que garante a alimentação das crianças e assegura o trabalho das merendeiras.

Disse também que, por intermédio da Secretaria da Promoção Social e Fundo Social, irá fazer um levantamento das famílias em situação de vulnerabilidade em decorrência da pandemia do novo coronavírus e deve anunciar novas medidas de auxílio nos próximos dias.

A nota informa ainda que “o Governo Federal também disponibilizou um aporte financeiro para trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados”, no valor de R$ 600.

Merenda

Para fazer a adesão ao serviço de distribuição dos marmitex, os pais ou responsáveis devem procurar a escola onde a criança está matriculada.

A distribuição das refeições são feitas para os alunos do período da manhã, das 10h às 12h, e para os que estudam durante a tarde, das 12h às 14h.

Mais informações estão disponíveis na página do Facebook e no site da Prefeitura de Santa Gertrudes.

Fonte: G1 São Carlos e Araraquara

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