Precipitação de até 45 mm traz alívio momentâneo, mas crise hídrica em Rio Claro segue exigindo economia de água.
Rio Claro (SP) enfrenta uma das piores crises hídricas da última década, com volumes de chuva muito abaixo da média histórica. Nas últimas 24 horas, os pluviômetros na região de Ajapi registraram precipitação de 44 mm em frente à portaria da Estação de Tratamento de Água (ETA 1). Em outro ponto da mesma região, foi registrado um volume de 41,6 mm, enquanto nas proximidades do bairro Mata Negra, na divisa com Araras, o índice chegou a 45 mm. Esses dados são especialmente relevantes, pois a região está próxima ao Ribeirão Claro, principal rio que abastece a ETA 1.
Na UNESP, onde fica o CEAPLA (Centro de Análise e Planejamento Ambiental), a precipitação foi de 36,9 mm, enquanto a Defesa Civil registrou 43,6 mm em seu ponto de monitoramento no bairro do Estádio. Essas medições, realizadas entre as 7h da manhã de quinta-feira (24) e as 7h desta sexta-feira (25), são as mais expressivas do mês, mas ainda estão aquém do necessário para estabilizar a situação hídrica da cidade.
De acordo com o CEAPLA, a média histórica de chuva para outubro é de 111,7 mm, mas até o momento, Rio Claro contabilizou apenas 96,4 mm em 2024, bem abaixo dos volumes registrados em anos anteriores: 236,1 mm em 2021, 112,7 mm em 2022 e 185,6 mm em 2023. Os baixos índices reforçam a necessidade de atenção e consumo consciente de água, já que o abastecimento segue comprometido.
Em meio a essa situação, o Cidade Azul Notícias recomenda que a população continue adotando medidas de economia de água, pois a chuva dos últimos dias, embora animadora, ainda é insuficiente para reverter o quadro crítico. A previsão de novas precipitações ainda é incerta, e o cenário atual exige um esforço conjunto para preservar os recursos hídricos de Rio Claro.
O gráfico, com dados fornecidos pelo CEAPLA (Centro de Análise e Planejamento Ambiental), apresenta o volume de chuva acumulado nos meses de julho, agosto e setembro dos últimos anos em Rio Claro. Observa-se uma tendência de redução significativa nas precipitações nesses períodos, o que agrava a crise hídrica enfrentada pelo município. Em 2024, os volumes ficaram ainda mais abaixo da média histórica, destacando a importância de práticas conscientes no uso da água para enfrentar esse cenário crítico