A combinação de uma acentuada queda pressão atmosférica sobre Paraguai e o Sul do Brasil, o direcionamento de muito ar quente e úmido do Norte para o Sul do Brasil e o deslocamento de frio de origem polar sobre o norte e leste da Argentina e Uruguai, gerou a organização de uma frente fria e de um ciclone extratropical nesta segunda-feira, 4 de setembro.
O ciclone extratropical se formou sobre o mar, entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai. Esta foi uma situação muito parecida com outros eventos de frontogênese (formação de frente fria) e de ciclogênese (formação de ciclone) que já ocorreram no Sul do Brasil desde meados de junho.
Ciclone extratropical se organizou sobre o mar no dia 4/9/23, entre o RS e o Uruguai, se afasta do Brasil na terça, 5/9/23
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Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou ontem se afasta do Brasil nesta terça-feira, 5 de setembro, na altura do Rio Grande do Sul.
Este sistema não está sobre o Rio Grande o Sul, não vai passar sobre Santa Catarina e nem sobre o Paraná e não vai se deslocar para a Região Sudeste.
Na madrugada e manhã desta terça-feira, 5 de setembro, o leste do Rio Grande do Sul, a serra gaúcha e catarinense e o litoral sul de Santa Catarina vão sentir rajadas fortes, com até 80 km/h. Mas os pontos altos das serras podem ter rajadas em torno de 100 km/h.
O vento diminui no decorrer da tarde, o maior afastamento do ciclone extratropical para alto-mar
Alerta para inundação, cheias e deslizamentos no RS
https://www.climatempo.com.br/noticia/2023/09/04/rs-alerta-enxurradas-cheias-inundacoes-e-deslizamentos-2047
Cumulonimbus provocam rajadas de mais de 100 km/h
Uma grande quantidade de nuvens do tipo cumulonimbus se formou sobre o Sul do Brasil e sobre parte de Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira, 4 de setembro. Além de muita chuva, estas nuvens produziram intensas rajadas de vento, que superaram os 100 km/h em locais do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Mato Grosso do Sul.
Estas rajadas de vento muito fortes ocorreram pela passagem destas nuvens cumulonimbus e não por causa do ciclone extratropical que foi se organizando no decorrer desta segunda-feira e só ficou formado entre 19 horas e 20 horas.
No Sul do Brasil, as rajadas de vento superaram os 100 km/h na região serrana de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e no oeste catarinense.
Entre 8 e 9 horas, o Instituto Nacional de Meteorologia registrou uma rajada de 117 km/h em Bom Jardim da Serra, na região do Morro da Igreja, na parte mais elevada da serra catarinense. Mas na região de Vacaria, na serra gaúcha, o mesmo instituto registrou uma rajada de 123 km/h, entre 12 e 13 horas desta segunda-feira. Em Urupema, no Morro de Urupema, o Epagri-Ciram mediu 121 km/h.
Outro local que teve rajada de vento acima dos 100 km/h foi a localidade de Xanxerê, no oeste catarinense, onde o Instituto Nacional de Meteorologia registrou uma rajada com 113 km/h entre 15 e 16 horas.
Em Chapecó, também no oeste de Santa Catarina, uma rajada chegou aos 90 km/h às 16 horas.
Entre 16h e 17h, a região de Canela, na serra gaúcha, sentiu uma rajada com 96 km/h
Em Mato Grosso do Sul, o Inmet registrou 108 km/h em Rio Brilhante entre 14h e 15 horas, mas entre 18h e 19h, uma rajada de vento chegou aos 109 km/h em Laguna Carapã
Durante a noite desta segunda-feira, 4 de setembro, as rajadas de vento mais intensas foram observadas sobre Santa Catarina e também no Paraná. O aeroporto de Maringá registrou rajada de 119 km/h por volta das 17h15 desta segunda-feira.
Confira as mais intensas rajadas que ocorreram entre 18h e 19h de 4/9/2023
São Joaquim/Caminhos da Neve (SC): 116 km/h
Painel (SC): 92 km/h
Entre Rios (PR): 90 km/h
Novo Horizonte (SC): 86 km/h
Marechal Cândido Rondon (PR): 85 km/h
Em Joaçaba (SC): 83 km/h (19h)
Estas rajadas de vento em Mato Grosso do Sul foram registradas entre 14 horas e 15 horas (horário de Brasília)
Rio Brilhante: 108 km/h
Dourados: 83 km/h
Aral Moreira: 77 km/h
Ponta Porã 74 km/h
Ivinhema: 73 km/h
Laguna Carapã: 72 km/h
