Político, de 81 anos, morreu na tarde deste domingo (1º). Enterro será no Cemitério Israelita do Butantã às 15h.
O corpo do ex-governador de São Paulo Alberto Goldman será velado na manhã desta segunda-feira (2) na Assembleia Legislativa, na Zona Sul de São Paulo. O político, de 81 anos, morreu na tarde deste domingo (1º).
Ele estava internado desde o dia 19 de agosto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês após passar mal e se submeter a uma cirurgia no cérebro. O velório ocorre entre as 8h e 14h. Em seguida, o corpo será transportado para o Cemitério Israelita do Butantã. O enterro está previsto para ocorrer às 15h.
Ele deixa esposa e dois filhos do atual casamento com Deuzeni Trisoglio, além de outros três do casamento com a artista plástica Sara Goldman.
Segundo a assessoria de imprensa do político, ele foi ao hospital no dia 19 de agosto como parte do tratamento de um câncer neuroendócrino na região cervical. Goldman passou mal durante o exame e uma tomografia constatou sangramento no cérebro. Ele foi submetido a uma cirurgia no mesmo dia da internação, mas seu estado de saúde piorou e ele não resistiu.
Adversário do atual governador João Doria, ele foi expulso do PSDB pelo diretório municipal do partido por infidelidade partidária, no ano passado. Durante as eleições em que Doria concorreu ao cargo no Palácio dos Bandeirantes, Goldman apoiou o candidato Paulo Skaf (MDB) ao governo do estado. A Executiva Nacional do PSDB anulou a expulsão.
Trajetória
Alberto Goldman cursava engenharia, na Escola Politécnica da USP, quando começou a se interessar pela política. Ele tinha 19 anos quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Ele foi diretor do Centro Acadêmico da Poli e diretor da União Estadual dos Estudantes (UEE).
Chegou a começar a fazer um curso de pós-graduação em Ciências Sociais na PUC, mas não terminou. Ele já estava trabalhando como engenheiro quando entrou para o MDB, que era o único partido da oposição durante o Regime Militar, que abrigava os militantes do PCB.
Goldman foi eleito deputado estadual duas vezes e presidiu a CPI sobre a invasão da PUC pela polícia em 1979.
No mesmo ano, com o fim do bi-partidarismo foi para o PMDB (atual MDB), saindo em 1985 para o recém legalizado Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Em 1987, ocupou a Secretaria Especial de Coordenação do governo Orestes Quércia. Dois anos depois, retornou ao PMDB.
Goldman foi deputado federal por seis mandatos e ministro dos Transportes do governo Itamar Franco.
Em 1997 rompeu com Quércia e foi para o PSDB. Em 2010, ele era vice-governador de São Paulo e assumiu como governador quando José Serra (PSDB) deixou o cargo para disputar a Presidência.
Fonte: G1