Projeto para cadastrar região na Unesco engloba 9 municípios, entre eles Analândia, Cordeirópolis, Corumbataí, Itirapina, Rio Claro e Santa Gertrudes. Evento também acontece no Rio de Janeiro.
Um encontro de três dias, que está sendo realizado em Rio Claro (SP) e no Rio de Janeiro (RJ), dá mais um passo para a criação do primeiro geoparque do estado de São Paulo, que seria instituído na região da bacia do Rio Corumbataí.
Representantes de prefeituras, entidades técnico-científicas, empresas e órgãos públicos e privados, buscam a consolidação e definição de cronograma para apresentação, até 2024, ao Ministério do Turismo, do relatório do “projeto Geoparque Corumbataí”, buscando seu reconhecimento na rede global de geoparques da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O encontro segue na quarta-feira (29), no auditório do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp – campus de Rio Claro, e na quinta-feira (30), no auditório do Clube de Engenharia no Rio Janeiro, com transmissão ao vivo pelo canal da Febrageo no YouTube.
O link para participar das palestras e a o acesso a programação completa por de acessada no site Even3.
Geodiversidade
De acordo com o professor da Unesp Fábio Reis, a região tem mais de mais 150 geossítios cadastrados e inventariados e estudados e toda parte científica e técnica do projeto estão prontas.
“A região é muito rica em elementos da geodiversidade, como fósseis, sítios arqueológicos, cavernas, cachoeiras, morros, cuestas, águas subterrâneas. Todos esses elementos são de interesse internacional o geoparque Corumbataí é um dos candidatos a entrar na rede da Unesco”, disse.
Nesta terça-feira (28), foi eleito um comitê diretor do projeto e a adesão das nove prefeituras que o futuro parque englobaria.
Geoparque Corumbataí
O projeto do geoparque Corumbataí engloba uma área que inclui os municípios de Analândia, Charqueada, Cordeirópolis, Corumbataí, Ipeúna, Itirapina, Piracicaba, Rio Claro e Santa Gertrudes e inclui um patrimônio geológico composto por rochas, cachoeiras, pinturas rupestres, fósseis, artefatos arqueológicos, mirantes, além do Aquífero Guarani, um dos maiores do mundo.
Entre os geossítios cadastrados estão:
Cachoeira do Escorrega, cachoeira do Salto Major Levy, grutas Abrigo do Índio e Nossa Senhora de Lourdes e morros do Camelo e do Cuscuzeiro, em Analândia Casa de Pedra, Parque Municipal Lago dos Biris e Fabrica di Pamonha, em Charqueada Morro Azul, em Cordeirópolis.
Cachoeira do Cuscuzeiro e gruta do Adão, em Corumbataí
Parque Ecológico Henriqueta Barbeta (Salto do Nhô Tó), Serra do Fazendão, trilhas do Cabrito e do Vagalume, em Ipeúna epresa do Broa, cachoeiras do Saltão, da Lapinha e São José e o distrito de Itaqueri da Serra, em Itirapina.
Engenho Central de Piracicaba
Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA) e museus em Rio Claro
Fazenda Santa Gertrudes e parque municipal em Santa Gertrudes. Atualmente, o Brasil atualmente tem três geoparques na rede global da Unesco: Araripe (CE), Seridó (RN) e Caminhos dos Cânions do Sul, que fica entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Fonte: g1 São Carlos/Araraquara