Crime ocorreu durante tentativa de roubo; veículo seria levado para receptação em Minas Gerais. Delegacia de Investigações Gerais (DIG) atuou com apoio das polícias de SP e MG.
O assassinato do motorista de aplicativo Raphael Phillipe Alves Diniz, de 38 anos, morador de Pirassununga, mobilizou um intenso trabalho investigativo da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Claro. O corpo da vítima foi localizado na manhã do dia 14 de maio, em um canavial na região do Horto de Camacuã, zona rural de Rio Claro.
Raphael havia desaparecido na noite anterior após aceitar uma corrida via aplicativo. O extrato de sua última viagem, entregue pela família à DIG, revelou o nome e telefone da solicitante, além da rota anormal percorrida após o embarque.
Com apoio de dados fornecidos pela montadora do veículo – um Fiat Fastback vermelho, modelo 2025 – os policiais conseguiram rastrear o carro até Poços de Caldas (MG). A partir daí, teve início uma operação conjunta com a Delegacia de Roubos e Furtos da cidade mineira, a Polícia Militar local e até mesmo o helicóptero da PM, que possibilitou a identificação e prisão de seis suspeitos.
Foram presos quatro homens (de Rio Claro, Porto Ferreira e Poços de Caldas), uma mulher (de Pirassununga) – responsável por solicitar a corrida – e uma adolescente ligada a um dos receptadores. A menor foi ouvida e liberada.
Durante os depoimentos, os envolvidos confirmaram que o objetivo inicial era apenas o roubo do carro para quitar uma dívida em um bar de Pirassununga e usá-lo futuramente em um assalto a residência em Araras – que foi abortado. Como a vítima alegava não ter dinheiro na conta e realizou alguns PIX aos criminosos, estes decidiram executá-la com dois disparos na cabeça, abandonando o corpo em meio ao canavial.
Com novas informações obtidas durante os interrogatórios, a DIG, em parceria com a Força Tática da PM, conseguiu localizar e prender mais dois suspeitos em Pirassununga, incluindo o autor dos disparos. A arma usada no crime foi apreendida.
Ao todo, sete pessoas foram presas em flagrante e permanecem à disposição da Justiça em Poços de Caldas, onde aguardam audiência de custódia. O veículo foi recuperado em bom estado e será restituído à família da vítima. O celular de Raphael ainda não foi localizado.
A operação contou com cerca de 40 policiais civis e militares de São Paulo e Minas Gerais, durante mais de 18 horas ininterruptas de ação. A DIG de Rio Claro segue com as investigações para identificar possíveis outros envolvidos e concluir o inquérito.