Crime brutal ocorreu no bairro Santa Cruz; suspeito confessou o homicídio à Guarda Civil Municipal após relatar uso de drogas e discussão com a vítima.
Assassinato com requintes de brutalidade foi registrado na tarde dessa quinta-feira (8), no interior de uma residência localizada na Rua 12, no bairro Santa Cruz, em Rio Claro (SP). A vítima, Márcio José Boer, de 46 anos, foi encontrada já sem vida, com múltiplas lesões pelo corpo, algumas delas com características de queimaduras. O autor do crime, Humberto Agustinho da Silva, de 45 anos, foi detido em flagrante pela Guarda Civil Municipal (GCM).
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, os guardas foram acionados por volta das 18h e encontraram o suspeito lavando a cozinha e tentando limpar vestígios de sangue do local. A vítima havia sido colocada sobre a cama, mas já estava sem sinais vitais. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi até o endereço e constatou o óbito.
Inicialmente, Humberto alegou desconhecer o que teria ocorrido com Márcio e disse que havia pedido a um vizinho para chamar socorro. No entanto, após a saída da equipe médica, ele mudou sua versão e admitiu ter sido o autor das agressões.
Segundo seu relato aos agentes, ambos faziam uso frequente de drogas e, naquele dia, Márcio teria consumido substâncias como cocaína ou crack, apresentando comportamento alterado. Após uma discussão, Humberto afirmou que ameaçou expulsar a vítima da casa, mas, como não foi obedecido, utilizou uma tábua de madeira — normalmente usada para cortar carnes — para golpear violentamente a cabeça e o corpo de Márcio com a intenção de matá-lo.
Com ferimentos graves, a vítima ainda tentou se locomover até um banheiro externo, mas não resistiu. Humberto então arrastou o corpo até o quarto e começou a limpar os sinais do crime antes da chegada dos guardas civis.
A cena foi preservada para o trabalho da perícia técnica da Polícia Científica. A tábua usada no homicídio foi localizada sobre a pia da cozinha com manchas de sangue visíveis.
Durante a apuração, uma irmã da vítima esteve no local e relatou que a casa havia sido deixada como herança para Márcio. Ela disse desconhecer que o irmão estava morando com outra pessoa, já que não o visitava há cerca de quatro meses.
Após ser conduzido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro do Estádio e posteriormente ao Plantão Policial, Humberto se negou a prestar novos depoimentos e informou que só falaria em juízo. Ele também recusou-se a assinar qualquer documento. O suspeito foi encaminhado ao Setor de Carceragem da Delegacia Seccional de Rio Claro, onde permanece à disposição da Justiça.