Covaxin é fabricada pela farnacêutica Bharat Biotech.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu hoje (3) licença para uso de emergência de vacina contra a covid-19 desenvolvida na Índia, oferecendo garantias para o produto que os reguladores do país tinham já autorizado há meses.
A agência das Nações Unidas para a saúde anunciou, em comunicado, que autorizou a Covaxin, fabricada pela Bharat Biotech da Índia.
A decisão torna o imunizante a oitava vacina contra a covid-19 a receber luz verde da OMS.
“Essa decisão de uso de emergência amplia a disponibilidade de vacinas, a ferramenta mais eficaz de que dispomos para acabar com a pandemia”, disse Mariângela Simão, diretora-geral assistente para o acesso a medicamentos e produtos de saúde.
A Covaxin foi desenvolvida pela Bharat Biotech, em parceria com o Conselho Indiano para Investigação Médica, o órgão máximo de pesquisa do governo.
A vacina é feita utilizando o vírus desativado, para proporcionar resposta imune e é administrada em duas doses.
A OMS afirmou que a vacina foi considerada 78% eficaz na prevenção da covid-19 grave e “extremamente adequada” para países pobres, devido a procedimentos de armazenamento mais fáceis.
Um grupo de especialistas convocado pela OMS defendeu que são insuficientes os dados sobre a segurança da vacina em mulheres grávidas. Estudos estão sendo feitos para analisar a questão.
O regulador de medicamentos indiano autorizou a Covaxin em janeiro, meses antes de os testes em humanos estarem completos, causando preocupação nos especialistas quanto à administração prematura da vacina.
A Bharat Biotech publicou resultados em julho, revelando que o imunizante tinha eficácia de 93% na prevenção da covid-19 grave e de cerca de 65% contra infecções pela variante mais contagiosa, a Delta.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, tomou a primeira das duas doses em março.
Em meados de outubro, mais de 110 milhões de doses da vacina haviam sido administradas, fazendo da Covaxin a segunda mais usada contra a covid-19 na Índia, seguida pela Pfizer-AstraZeneca.
Fonte: Agência Brasil