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PM prende Magrelo, criador do grupo que desafia o PCC no interior de SP

Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, é acusado de ser o criador e líder de um grupo rival ao PCC na região de Rio Claro (SP).

A Polícia Militar prendeu hoje Anderson Ricardo de Menezes, 48, o Magrelo, acusado de ser o criador e líder de um grupo rival ao PCC (Primeiro Comando da Capital) na região de Rio Claro (SP).

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Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, é acusado de ser o criador e líder de um grupo rival ao PCC na região de Rio Claro (SP). Imagem divulgação

Segundo fontes policiais, Magrelo começou a ser perseguido na região de Novo Horizonte e tentou fugir. Ele não conseguiu ir muito longe e acabou preso na cidade de Borborema, distante 15 quilômetros.

O criminoso era procurado em todo o estado de São Paulo e até no Paraguai.

A Polícia Militar Ambiental recebeu a informação de que Magrelo estaria em Ranchos, em Novo Horizonte. Os PMs viram o procurado em uma Saveiro com placa de Ribeirão Preto. Ele tentou escapar pela área rural, mas não conhecia a região e foi dominado.

Policiais militares informaram que Magrelo não portava armas nem drogas e não ofereceu resistência.

A princípio, ele foi levado para uma unidade da PM em Novo Horizonte.

Dono de extensa ficha criminal Magrelo já cumpriu pena por roubo e foi processado por tentativa de homicídio, lesão corporal dolosa e tráfico de drogas.

Ele também chegou a ser alvo da Operação Carro Falso, deflagrada em 2014 pelo MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) contra ladrões e receptadores de carros furtados.

No mês passado, Magrelo e oito comparsas foram denunciados por promotores de Justiça de Piracicaba pelos crimes de organização criminosa e associação ao tráfico de drogas. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas escapou ao ao cerco policial no último dia 17.

Magrelo é apontado pelo Núcleo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado) de Piracicaba, subordinado ao MP-SP, como: (…) um criminoso de altíssima periculosidade, que não tolera desaforo de ninguém, nem mesmo de parceiros da própria quadrilha. “Gaeco

Em 26 de fevereiro de 1995, aos 20 anos, discutiu com um desafeto e o golpeou várias vezes com um canivete. A vítima passou por cirurgia e ficou com sequelas. A mãe do rapaz esfaqueado tentou ajudar o filho e também e também acabou ferida.

Investigado por homicídios O criminoso é acusado também de ser o mandante de vários homicídios em Rio Claro (SP). Segundo o MP-SP, o grupo dele tem um poder bélico superior ao PCC na região e usa fuzis para matar os rivais e assim garantir a hegemonia do tráfico de drogas local. O Gaeco e a Polícia Civil de Rio Claro apuraram que o grupo rival do PCC coloca rastreador no carro dos inimigos para segui-los e assassiná-los em lugares apropriados para não deixar vestígios.

Os veículos utilizados nas matanças geralmente são queimados. Foi assim que a quadrilha matou, em outubro de 2021, Alessandro de Arruda, o Lê Boquinha, integrante do PCC.

Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça apontaram o envolvimento de dois aliados de Magrelo na emboscada e assassinato da vítima.

Outro alvo fatal do grupo foi o narcotraficante Juliano Gimenes Medina, 40, morto com ao menos 30 tiros em uma estrada vicinal de São Pedro, em junho de 2022. Ele era de Ponta Porã (MS) e trazia maconha e cocaína do Paraguai para São Paulo.

Foi morto na disputa pelo tráfico de drogas. Ascensão no crime Segundo investigações do Gaeco de Piracicaba, foi a partir da anulação da Operação Carro Falso que Magrelo se safou de ser preso, teve “ascensão” no mundo do crime, ficou rico e temido na região. Foi de um condomínio de luxo em Ipeúva, onde morava, que escapou ao recente cerco policial.

Na denúncia do MP-SP oferecida contra ele em abril, consta a seguinte observação:

Anderson Ricardo de Menezes evoluiu na criminalidade e hoje ostenta alto padrão financeiro, residindo em condomínio fechado e frequentando ambientes da alta sociedade rio-clarense.”MP-SP

O documento diz ainda que “lamentavelmente o acesso de Anderson Ricardo de Menezes em meios públicos é enorme, principalmente no meio policial, o que dificulta sobremaneira a realização de qualquer trabalho de investigação em seu desfavor”. Além da prisão de preventiva de Magrelo e de seus oito comparsas, a Justiça também determinou o sequestro de bens do grupo rival do PCC no valor de R$ 12,5 milhões.

Fonte: Uol

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