Violinista de Rio Claro adotou a rabeca como instrumento principal e traz a regionalidade e natureza para os palcos.
A musicista rio-clarense Rebecca Rabeca lança, no próximo dia 27 de setembro, o single “Voz que Guia”, que antecipa o aguardado lançamento de seu primeiro álbum, Ordinariamente Desordenada, com estreia marcada para o dia 25 de outubro. A faixa, carregada de simbolismo e sensibilidade, explora o poder da intuição como um farol que orienta o indivíduo em processos pessoais e coletivos de cura e transformação.
Com influências do xote, o novo single destaca-se por suas letras profundas e arranjos minimalistas, que combinam rabeca, percussão e voz. A sonoridade íntima convida os ouvintes a uma reflexão sobre a importância de se reconectar com a própria essência, em meio às adversidades do mundo moderno.
“Voz que Guia” traz à tona uma temática recorrente no trabalho de Rebecca: a busca pelo equilíbrio e pela paz interior. “A música fala da intuição, de processos de cura individuais que reverberam no coletivo”, explica a artista, que se inspira nas suas próprias vivências e na relação com a natureza para compor.
O single é apenas um prenúncio do que o público pode esperar de Ordinariamente Desordenada, um álbum composto por faixas que mesclam o tradicional e o contemporâneo, com forte influência da música popular brasileira. As composições autorais são de Rebecca, com a colaboração de Vic Epp e Toddy Roots, e contam com as artistas e educadoras Nati Gold e Milena Dimaura nas percussões.
“Espero que o álbum possa atuar como um agente de mudança, colaborando para transmutar as crises e tensões do mundo moderno, e que ajude as pessoas a se reconectarem com o que é essencial”, afirma Rebecca.
O single “Voz que Guia” estará disponível nas principais plataformas digitais, como Spotify, Apple Music, Deezer, Amazon Music, Tidal e YouTube, a partir de 27 de setembro. Já o álbum completo será lançado no dia 25 de outubro. O projeto foi aprovado no edital da Lei Aldir Blanc 2024, no município de Rio Claro-SP, e contempla ainda outras ações de difusão cultural e educação ambiental.
A ARTISTA: REBECCA RABECA
Rebecca Rabeca é uma musicista singular de Rio Claro, São Paulo, cujo nome artístico carrega a essência do instrumento que define sua trajetória musical. Iniciando sua formação musical em 2007, Rebecca estudou violino no Projeto Guri e Projeto Cordas da Escola de Música “Fábio Marasca”. Entre 2014 e 2016, concluiu a Licenciatura em Música pelo Claretiano Centro Universitário de Rio Claro, o que solidificou sua base musical e preparou o terreno para sua futura carreira.
Durante anos, Rebecca desempenhou o papel de violinista em importantes orquestras da região, incluindo a Orquestra Sinfônica de Rio Claro (2009-2023), Orquestra Sinfônica de Cordeirópolis (2017-2019) e Orquestra Sinfônica de Limeira (2018-2019). Porém, foi em 2021 que sua jornada artística deu uma nova guinada ao se envolver com a rabeca, um instrumento que se tornou parte essencial de sua expressão criativa. Através do Coletivo Rabequeiras, que integrou entre 2021 e 2022, Rebecca mergulhou no universo da rabeca, explorando e difundindo a cultura popular associada ao instrumento, com foco em ampliar essa prática entre as mulheres.
Em 2024, Rebecca se uniu a Nati Gold e Milena Dimaura para formar o Trio Rabeca Variada, um grupo que busca expandir a cultura popular ligada à rabeca e aos tambores. O trio foca em ritmos como o Forró de Rabeca e o Samba de Coco, trazendo um espírito de brincadeira e celebração nas suas apresentações.
A música de Rebecca é profundamente conectada à natureza, especialmente ao elemento da água, e reflete sua busca por reconexão com o meio ambiente e suas raízes culturais. Além de sua carreira artística, ela participa do Projeto Araucária 2030 da UNESP/Rio Claro, dedicado à sustentabilidade e à preservação ambiental. Essa fusão entre arte e meio ambiente é um dos pilares de sua proposta, utilizando a música como uma ferramenta para conscientizar o público sobre a importância da reconexão com a natureza através da agroecologia e da cultura popular.