Animais agressores são observados para avaliar a necessidade de atendimento da vítima.
A Fundação Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), criou um novo formulário que vai fornecer mais detalhes sobre os casos que envolvem animais agressores. O documento vai permitir uma análise melhor sobre as circunstâncias do ataque, a maneira como o animal é criado, se a mordedura ou arranhadura ocorreu em virtude de briga entre cães ou gatos, entre outras informações que irão facilitar o acompanhamento do caso.
Os casos de observação de animais acontecem quando o cão ou gato atacam os donos ou pessoas que não pertencem à família. O trabalho é importante porque evita que as vítimas do ataque tomem vacina contra a raiva desnecessariamente. Observando o animal é possível saber se houve alteração no seu comportamento ou outros sintomas surgiram que possam ser interpretados como sendo ocasionados pelo vírus. Em caso positivo, a pessoa atacada precisa ser medicada.
De acordo com a médica veterinária Maria Emilia Canoa de Godoy, técnica responsável do CCZ, o antigo formulário foi criado há mais de 8 anos e por não atender mais as necessidades do setor , precisava ser reformulado. Nele foram acrescentadas informações que além de darem maior suporte na investigação, também ajudam no momento da coleta de dados junto à vítima. “Em muitos dos casos, a ausência de relatos prejudicava o trabalho. Com perguntas mais detalhadas, as vítimas acabam relatando fatos que não consideravam importantes, mas que para a Zoonoses podem esclarecer muita coisa”, explicou a veterinária. Este ano o CCZ recebeu 442 solicitações para atendimento de casos de ataque de animais. No total, até agosto, foram 393 casos envolvendo cães e 49 referentes a gatos.