Dona de casa teve ideia de juntar suporte com bolsa da prefeitura depois que auxiliar de escola pediu para ela providenciar mochilas, já que as crianças queriam brincar com as dos colegas.
Sem dinheiro para comprar mochilas de rodinhas para os filhos gêmeos, de 2 anos, uma mãe de Tambaú (SP) improvisou suportes usados e bolsas da prefeitura para criar uma alternativa e realizar o desejo das crianças.
A ideia surgiu depois que uma auxiliar da escola dos filhos pediu que a dona de casa Elaine Lopes providenciasse as mochilas porque eles queriam brincar com as dos colegas.
A ‘dica de milhões’ repercutiu e foi bastante elogiada após ser compartilhada nas redes sociais. (Veja o resultado no vídeo acima). As cobiçadas mochilas de rodinhas chegam a custar até R$ 800, dependendo do modelo.
Criatividade após pedido
Elaine contou ao g1 que foi até à Cemei Latifi Ristum Salum Ferreira buscar os filhos quando aconteceu o “pedido inusitado” de uma auxiliar de desenvolvimento infantil (ADI).
“Minha colega desceu para poder pegá-los, foi quando a ‘tia’ falou que, assim que eu tivesse condições, era pra eu providenciar a mochila de rodinhas. Aí eu disse pra ela ‘então vai ser nunca, porque eu não tenho condições. Eu pago R$ 850 de aluguel, só meu marido trabalhando, nós somos em 7 em casa, não tem como comprar’. Ela falou de uma forma ríspida, sabe?”, disse.
A mulher relatou que voltou pra casa, mas ficou nervosa com a situação. Dias depois, ela foi até à direção da unidade escolar e questionou sobre o pedido da auxiliar.
“Na direção eles falaram ‘não mãe, não precisa comprar até porque eles vão ganhar a bolsa da prefeitura’. Ao mesmo tempo, uma outra moça que estava no portão ouviu a história. Ela me procurou no Facebook e me deu uma mochila com rodinhas usada”, contou.
“São duas crianças, uma bolsa só não ia resolver, mas é lógico que eu aceitei, uma ajuda sempre é bom. Fiquei pensando no que eu ia fazer. O que mexeu é que as crianças ficavam chorando e vendo os outros alunos com a bolsa [de rodinha], eu sabia que tinha que fazer alguma coisa, mas nem para o suporte eu tinha dinheiro”.
Fonte: g1 São Carlos e Araraquara