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Todo cuidado é pouco*

Quarta passada, fui ao shopping. Estava lotado. Depois de muito procurar, achei uma vaga em um cantinho afastado. Mal desci do carro, duas moças vieram em minha direção. Ambas bem vestidas. A mais alta, loira de olhos azuis marcantes, usava um tallieur cinza que davam destaques às pernas longas e finas; a outra, morena, baixinha, mais musculosa, usava uma calça flare que acentuava sua cintura muito fina e peitos fartos. Tinham em comum a boca grande e o largo sorriso, além de um perfume convidativo.

Aproximaram-se de forma muito gentil e respeitosa, dizendo que faziam um enquete sobre o perfume que usavam e pediram para que eu classificasse o cheiro de cada uma.

A loira, mais alta, aproximou-me de seu colo que exalava um cheiro amadeirado. Eu, sem saber muito o que dizer, respondi, meio poético, meio bobo: “Lembra-me uma floresta quente à noite”.
A morena ofereceu seu pescoço. Aspirei seu odor cítrico e, percebendo a grande diferença, disse: “Uma manhã fresca de primavera depois da chuva”.

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Quando, para minha surpresa, elas disseram: “É o mesmo perfume. Mas ele muda de acordo com o estado de espírito da pessoa”.

“Não acredito”, respondi.

“Experimente!”, disse a loira com um sorriso convidativo.

Em seguida, tiraram um pequeno frasco, para eu comparar o perfume in natura com o efeito dele em seus corpos. A morena borrifou em meu braço. Eu me senti inebriado, a ponto de me apoiar no carro. A partir daí, não me lembro de mais nada.

Quando eu acordei estava em uma cama nu. Ambas nuas sobre mim. Vou poupar-lhes detalhes da história que não interessam (e nem cabem aqui). Creio que havia algo a mais no perfume, pois isso durou a noite toda sem parar, três, quatro, cinco vezes, nem sei como. Mas depois de horas, adormeci.

Quando acordei, já era tarde, elas haviam sumido. Assustado, corri para ver os meus pertences, documentos, dinheiro, cartões, carro… Estava tudo lá. Sobre a mesa, um farto café da manhã. Achei prudente, antes de qualquer coisa, comer, pois precisava de energia para pensar. Esperei um tempo para ver se voltavam, mas nada delas, nem do tal perfume.
Ao sair, outra surpresa: a conta do motel estava paga.

Fica aqui o meu alerta: meus amigos, tomem todo o cuidado quando forem estacionar no shopping, nos supermercados.

E se tiverem notícias, avisem-me, pois irei imediatamente denunciar esta quadrilha perigosa.

*Baseado em uma mensagem de alerta em um grupo do Whatsapp.

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Antônio Fais

Colaborador

Escritor, Filósofo, Professor, Especialista em Linguagem e Aprendizagem.

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