O setor de varejo e serviços deve abrir mais de 100 mil vagas para o fim de ano. A maioria das vagas será temporária e de trabalho informal. Com relação ao ano passado houve uma grande melhora, pois, em 2018, foram criadas cerca de 42 mil vagas.
A informação é da pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), divulgada no fim de setembro.
Stefany Correia, desempregada desde Julho, é uma das que esperam conseguir um trabalho como vendedora agora nesse período de festas.
De acordo com a pesquisa, 58% dos empresários acreditam que as vendas deste fim de ano serão melhores que as do ano passado. E por isso, 49% pretendem abrir vagas informais para o suprir a demanda do fim de ano e 45% pretendem contratar com carteira assinada.
A maior parte das contratações deve se concentrar em outubro e novembro, e grande parte das vagas abertas será para ajudante geral, vendedor e balconista.
Para os empresários, a contratação informal se justifica pelo fato de precisarem da mão de obra apenas para o período das festas, e outro fator citado é que, com a contratação informal, irão reduzir os custos, uma vez que, em tempos de crise, acreditam que mais pessoas estão dispostas a fazerem bicos.
José Rodrigues de Lima é um desses, pois procura emprego há mais de um ano como ajudante geral e disse que espera conseguir ao menos alguns bicos neste fim de ano.
Para a economista-chefe do SPC, Marcela Kawauti , o trabalhador que conseguir a vaga de trabalho temporária deve se empenhar para ser efetivado. De acordo com a pesquisa, dos 52% dos empresários que irão criar postos de trabalho temporário, 40% têm planos de efetivar o trabalhador.
A pesquisa ouviu mais de 1177 empresários que atuam no setor de comércio de todo o país, entre 1º a 16 de Agosto.
Fonte: EBC/Agência Brasil