Ação conjunta da Diretoria de Meio Ambiente e da Polícia Civil flagrou cão em situação de sofrimento extremo; animal estava amarrado, sem água e em ambiente insalubre.
Na tarde desta sexta-feira (10), uma ação conjunta entre a Diretoria de Meio Ambiente de Torrinha e a Polícia Civil resultou na prisão em flagrante de um homem por maus-tratos a animais, crime previsto na Lei Federal nº 9.605/98, artigo 32. A ocorrência foi registrada na Rua Dr. Carlos de Campos, nº 1.210, após denúncias anônimas apontarem que cães estariam sendo mantidos em condições precárias no local.
A equipe, composta pela diretora de Meio Ambiente, Beatriz, o delegado Dr. Luiz Gonzaga Bovo Junior, o investigador Marcos Fernando Luciani e a médica veterinária Dra. Eduarda Hubener, constatou a veracidade das informações. No quintal, foi encontrado um cão sem raça definida, de cor caramelo e porte grande, amarrado por uma corda curta, sem acesso à água e em meio a fezes e forte odor. O animal apresentava sinais evidentes de desidratação e sofrimento.
A médica veterinária realizou avaliação no local e emitiu laudo confirmando os maus-tratos, destacando que o cão estava sem abrigo adequado, com mobilidade reduzida e comportamento apático, o que configurava sofrimento físico e psicológico.
O morador, identificado como Roosevelt Fernandes de Oliveira Junior, confessou que mantinha três cães no quintal. Ele alegou que o cão caramelo permanecia amarrado para evitar que subisse no telhado do vizinho, mas reconheceu que a corda impedia o acesso à água. O homem admitiu ainda que a limpeza do local era precária devido à rotina de trabalho e demonstrou arrependimento.
Diante dos fatos e do laudo técnico, Roosevelt foi preso em flagrante por maus-tratos a animais, crime cuja pena varia de 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição da guarda de animais, conforme o §1º-A do artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais.
Os animais foram deixados sob responsabilidade da mãe do indiciado, Aparecida de Fátima Trujillo Damasceno, com acompanhamento da ONG APAT e da médica veterinária Eduarda Hubener, até que sejam devidamente adotados.
O preso foi encaminhado ao Setor Carcerário de Rio Claro, onde permanece à disposição da Justiça para audiência de custódia.