Por: Bê Caviquioli
Desde cedo aprendemos a nos comunicar seja por fala, seja por escrita. Aos que não conseguem se expressar da forma tradicional usa sinais. De qualquer modo, a comunicação pressupõe regras para que haja um entendimento absoluto de um determinado assunto.
Uma foto tem um expectador que observa o que um autor quis registrar. Essa comunicação é por meio da linguagem fotográfica que também não poderia ser diferente ao qual possui regras de enquadramento por exemplo.
Ajustar os elementos necessários para um registro e balanceá-los dentro de um visor faz com que um mundo tenha sua perspectiva alterada.
A forma de equilibrar tais elementos muitas vezes confronta o que imaginamos em fazer até o momento em que se depara com a cena real. Não por acaso, diz-se que na fotografia as regras ensinadas podem ser quebradas de forma a permitir uma criação mais subjetiva.
Regras são feitas para serem seguidas. Na fotografia, para serem alteradas. Da mesma maneira que a linguagem coloquial cede espaço para a informal, conseguimos impor em forma de imagens, expressões e vocabulários que o autor se permite registrar e por fim, mostrar a um expectador toda uma história. Só que sem palavras.
Colaborador: Bê Caviquioli – 45 anos, 20 deles como Repórter Fotográfico. Também é Pedagogo e Professor de Fotografia no Instituto Mix de São Carlos.
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