Apesar dos discursos inflamados em defesa dos empresários, das críticas ao fechamento do comércio e até da apresentação de projetos para isenção de impostos, são raríssimas as ações concretas para reduzir despesas no poder público e destinar mais dinheiro ao combate à epidemia de Covid-19.
Um dos poucos exemplos de cortar na própria carne foi dado pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), que em maio do ano passado editou a Resolução 922 que, entre outras medidas, diminuiu em 30 por cento o valor dos subsídios dos deputados, em 10 por cento os vencimentos dos comissionados que recebem acima do teto do INSS até o limite de 10 salários mínimos e em 20 por cento nos salários mais elevados.
Além disso, a ALESP transferiu para o Poder Executivo, por meio de conta específica, o equivalente a 80 por cento do saldo de seu Fundo Especial de Despesa, “a ser destinado a programas e ações visando ao enfrentamento e mitigação dos efeitos sociais e econômicos da pandemia da Covid-19”.
Também foram cortados em 40 por cento o Auxílio-Encargos Gerais de Gabinete e as cotas parlamentares. Estão suspensos ainda “os seminários e a concessão de prêmios, diplomas, colares e medalhas.