Com uma das filhas, os abusos teriam ocorrido quando ela tinha entre 7 e 12 anos.
Os crimes de abuso sexual dentro dos lares vem crescendo assustadoramente! A maioria das ocorrências, tanto com crianças quanto com adolescentes, ocorreu dentro de casa e os agressores são pessoas do convívio das vítimas, geralmente familiares. O caso que vamos acompanhar abaixo, mostra bem esse tipo de situação, a dura realidade que estamos vivendo.
A delegada Talita Navarro, para quem ainda não sabe ela assumiu recentemente a DDM – Delegacia de Defesa da Mulher de Araras (SP), cargo deixado pela Dra. Andréa Arnosti, que aposentou-se, prendeu um homem de 38 anos, acusado de abusar sexualmente de suas duas filhas, de 9 e 15 anos, em Araras (SP). O nome dele não foi divulgado, para preservar a identidade das vítimas.
Denunciou seu companheiro
De acordo com informações registradas no Boletim de Ocorrência, a mãe das vítimas procurou a DDM, onde denunciou seu companheiro, após tomar conhecimento de que o mesmo estaria abusando sexualmente de suas filhas. Segundo a mulher, há aproximadamente 8 meses, foi informada pela sua filha mais nova que desde o início deste ano, quando a criança tinha 8 anos de idade, por duas vezes o indivíduo teria abusado sexualmente dela.
De acordo com a menina, na ocasião, após sua mãe sair de casa, o homem teria acariciado suas partes íntimas e tentado penetrá-la. Após o diálogo com sua filha mais nova, no dia seguinte, a mulher teria questionado sua filha mais velha, de 15 anos, sobre o ocorrido. A menina então, teria desabafado que os abusos aconteciam com ela também e que os fatos teriam ocorrido entre seus 7 e 12 anos de idade, em momentos que ela estava sozinha com seu pai.
A adolescente teria dito à sua mãe que na época seu pai colocava filmes pornográficos para ela assistir e aprender como fazer sexo, além de forçá-la a fazer sexo oral nele e tentado penetração anal. De acordo com a jovem, seu pai dizia que se ela não fizesse o que ele pedia, sua mãe iria se separar dele.
Nesta quarta-feira (22), a delegada Talita Navarro, reuniu sua atuante equipe e conseguiu efetuar a “cana” do indivíduo, que teria confessado todos os atos. Ele permaneceu preso à disposição da Justiça.
Como identificar uma vítima
Nossa reportagem listou 10 sinais que ajudam a identificar possíveis casos de abuso sexual infanto-juvenil.
Mudanças de comportamento: O primeiro sinal é uma possível mudança no padrão de comportamento da criança. Essa alteração costuma ocorrer de maneira imediata e inesperada. Em algumas situações a mudança de comportamento é em relação a uma pessoa ou a uma atividade em específico.
Proximidades excessivas: A violência costuma ser praticada por pessoas da família ou próximas da família na maioria dos casos. O abusador muitas vezes manipula emocionalmente a criança, que não percebe estar sendo vítima e, com isso, costuma ganhar a confiança fazendo com que ela se cale.
Comportamentos infantis repentinos: Se o jovem voltar a ter comportamentos infantis, os quais já abandonou anteriormente, é um indicativo de que algo esteja errado.
Silêncio predominante: Para manter a vítima em silêncio, o abusador costuma fazer ameaças de violência física e mental, além de chantagens. É normal também que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de material para construir uma boa relação com a vítima. É essencial explicar à criança que nenhum adulto ou criança mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com pessoas de confiança, como o pai e a mãe, por exemplo.
Mudanças de hábito súbitas: Uma criança vítima de violência, abuso ou exploração também apresenta alterações de hábito repentinas. O sono, falta de concentração, aparência descuidada, entre outros, são indicativos de que algo está errado.
Comportamentos sexuais: Crianças que apresentam um interesse por questões sexuais ou que façam brincadeiras de cunho sexual e usam palavras ou desenhos que se referem às partes íntimas podem estar indicando uma situação de abuso.
Traumatismos físicos: Os vestígios mais óbvios de violência sexual em menores de idade são questões físicas como marcas de agressão, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Essas são as principais manifestações que podem ser usadas como provas à Justiça.
Enfermidades psicossomáticas: São problemas de saúde, sem aparente causa clínica, como dor de cabeça, erupções na pele, vômitos e dificuldades digestivas, que na realidade têm fundo psicológico e emocional.
Negligência: Muitas vezes, o abuso sexual vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que a vítima sofre em casa, como a negligência. Uma criança que passa horas sem supervisão ou que não tem o apoio emocional da família estará em situação de maior vulnerabilidade.
Frequência escolar: Observar queda injustificada na frequência escolar ou baixo rendimento causado por dificuldade de concentração e aprendizagem. Outro ponto a estar atento é a pouca participação em atividades escolares e a tendência de isolamento social.
Fonte: Repórter Berto Ribeiro
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