Iniciativa está há 13 anos na cidade, com mais de 30 grupos em contato direto com a polícia.
O “Vizinhança Solidária” tem se expandido por Rio Claro (SP) e já alcança 30 grupos em diversos bairros e setores da cidade, contribuindo com o trabalho da Polícia Militar.
Através do WhatsApp, um vizinho fica responsável por comunicar os policiais sobre possíveis crimes ou atitudes suspeitas.
Crescimento do projeto
A iniciativa, coordenada pela Polícia Militar, começou no estado em 2010 e cinco anos depois chegou a Rio Claro. Os grupos, que eram oito no início, mais que triplicaram em pouco mais de dez anos.
“Inicialmente era restrito aos bairros e agora está expandido para o comércio, escolas e a área rural. A gente procurar dar um atendimento diferenciado para cada grupo de vizinhança”, explicou o Comandante da 1ª Cia PM de Rio Claro, Capitão Gustavo Arruda de Oliveira.
Um dos grupos é formado apenas por comerciantes do Centro e já tem quase 100 participantes.
“Há algum tempo a gente sente necessidade maior segurança e nos foi apresentado o programa que proporciona uma comunicação mais rápida com a polícia, e com isso a gente quer aumentar o diálogo com outros órgãos pra uma segurança maior, principalmente da região central”, afirmou a empresária Maria Cecília Rodini.
Segundo o comandante da PM, um dos benefícios do programa são as prisões em flagrante feitas com a ajuda da comunicação entre os grupos e a polícia.
“Com os grupos incentivamos o espírito de comunidade de fato. Um vizinho passa a zelar pelo outro. Há um contato mais próximo e a PM consegue atuar de maneira preventiva”, afirmou o capitão Arruda.
Programa ‘Vizinhança solidária’
O programa, baseado em uma experiência na Inglaterra, consiste em organizar moradores de diversos bairros em grupos de WhatsApp e proporcionar uma aproximação maior entre agentes de segurança e a comunidade.
Em Rio Claro, cada grupo tem um tutor que fica responsável por captar e levar as informações até a Polícia Militar, entre elas condutas suspeitas que possam vir a ocorrer no bairro.
Qualquer bairro ou localidade pode participar do programa, mas isso não significa que terá atendimento privilegiado da polícia.
Como entrar no “Vizinhança solidária”
Para formar um grupo, os vizinhos devem se organizar e denominar um tutor que ficará em contato com a PM. Essa pessoa receberá as orientações e providências necessárias para o perfeito funcionamento da parceria.
Para entrar em um grupo já existente, o morador deve procurar o tutor ou alguma pessoa já participante do grupo para pedir a inclusão. Caso não conheça o grupo do seu bairro, pode procurar alguma unidade da PM ou o Conselho Municipal de Segurança (Conseg) para ser direcionado ao grupo de interesse.
Fonte: EPTV1 e g1 São Carlos e Araraquara