Rio Claro atinge dez homicídios
Embora o noticiário policial não faça parte dos temas normalmente abordados em Bastidores da Política RC , o aumento exponencial do número de homicídios em Rio Claro já provoca dúvidas e críticas ao modelo de gestão da segurança adotado pelo novo governo municipal.
O tema deverá ser levantado na sessão da Câmara de Vereadores de amanhã, principalmente depois de atingirmos este ano um total de dez assassinatos – que podem chegar a doze diante de óbitos em investigação. Na madrugada deste domingo, dois homens foram mortos a tiros no Jardim Nova Rio Claro. Uma mulher também foi baleada, mas sobreviveu.
Além dos recordes nos crimes contra a vida, existe uma preocupação com outros delitos, conforme apontam alguns comerciantes da região central. Um deles teve a loja furtada mediante arrombamento por duas vezes em apenas três dias.
No meio das reclamações, uma das causas apontadas de maneira recorrente para a elevação da criminalidade em Rio Claro envolve a redução do número de viaturas e do efetivo da Guarda Civil Municipal nas ruas. Outros motivos são cogitados, mas esse é praticamente unanimidade entre lojistas, moradores da periferia e até frequentadores da tradicional feira do São Benedito.
No caso dos homicídios, porém, dificilmente as forças de segurança do Município e do Estado conseguem atuar preventivamente. À exceção de crimes como feminicídio precedido de denúncias pela vítima – o que permitiria em tese uma intervenção policial cautelar – as mortes violentas são, na maioria das vezes, imprevisíveis.