Por: Alina Hassem
O financiamento coletivo, ou crowdfunding como é mais conhecido, é uma forma de financiar projetos e empresas. Existem quatro modalidades de crowdfunding de acordo com o retorno que é oferecido ao investidor: doação, recompensas, empréstimo e investimento.
As duas últimas modalidades têm características de investimento financeiro, pois remunera o investidor de alguma forma. No caso do crowdfunding de empréstimo, o dinheiro investido é devolvido acrescido de juros e no caso de crowdfunding de investimento, o investidor passa a ter uma participação da empresa – se fosse uma empresa de capital aberto, como o Banco Itaú ou a Natura, diríamos que o investidor adquiriu ações da empresa.
Duas características são importantes quando pensamos em investir startups: a primeira é o investidor pode perder todo o capital investido e a segunda é que, por outro lado, algumas startups tiveram rendimentos muito superiores quando comparados a outros investimentos.
Resumidamente, investir em startups é um investimento de risco elevado, porém as empresas que são bem sucedidas, oferecem retornos sobre o investimento altos.
Na dinâmica do crowdfunding de investimento temos 3 participantes: o empreendedor, a plataforma e o investidor. O empreendedor envia para a plataforma informações sobre a empresa, contratos sociais e informações financeiras. A plataforma analisa e aprova a divulgação da campanha. Os investidores que se interessarem em investir na empresa, preenchem um cadastro e informam o valor que será investido. A plataforma envia para o cliente os contratos que devem ser assinados e devolvidos digitalmente.
As empresas que podem fazer campanhas devem ter CPNJ, faturamento inferior a R$ 10 milhões no ano anterior, não precisam ser empresas de capital aberto e podem captar até R$ 5 milhões.
Toda a análise, transação, informação, contrato são feitos no ambiente virtual, mas, apesar disso, estudos apontam que os investidores preferem investir em empresas, geograficamente, próximas do local onde eles moram e isso não é um efeito exclusivo do Brasil, assim como não é exclusivo do crowdfunding de investimento, já que encontramos os mesmos resultados em estudos feitos com outros tipos de investidores.
A explicação para isso é que o ecossistema empreendedor é mais centrado nas regiões Sudeste e Sul do Brasil e os investidores e investimentos concentrados nos grandes centros urbanos.
Colaboração: Alina Hassem, Administradora, especialista em Mercado Financeiro.
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