Imagine-se por um momento, Caro Leitor, que você morasse no Reino Unido entre 7 de setembro de 1940 e 10 de maio de 1941.
Nessa época, a Luftwaffe organizou a Blitz (relâmpago, em alemão), o bombardeio noturno estratégico da Alemanha sobre o Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial.
Não havia o que fazer. O desespero tomava conta dos ingleses o dia todo, esperando por mais uma noite em claro, recolhendo os mortos e feridos na manhã seguinte com gosto de carnificina.
A única estratégia disponível era um pedido a todos os moradores que ficassem em casa com todas as luzes apagadas.
Imagine agora que alguém não quisesse apagar as suas luzes, alegando o seu direito individual de ficar com suas luzes acesas.
Acho que fica claro que em alguns casos como guerras (ou pandemias), o direito individual à ignorância fica anulado frente ao tamanho do problema.
E, por mais que alguém queira o seu direito de não tomar a vacina, ele não vai conseguir ser contratado em uma empresa, matricular seus filhos em uma escola, viajar para outros países.
Portanto, majestade, baixe a bola e apague a luz!