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Pequenas Alegrias

Priscila Assumpção

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Meia noite veio e foi embora. Não havia mais ninguém na praia além de nós três. Acabara o dia de curso, o jantar, e resolvemos curtir a noite quente da Bahia fora do hotel. Não se via lua, mas o céu estava claro o suficiente para vermos o oceano, o movimento suave das ondas, a brisa balançando as palmeiras – um cenário digno de cartão postal. Achamos três cadeiras do barzinho que se fechara e nos sentamos na areia, enterrando nossos pés na textura suave dos grãos que abraçavam nossos artelhos e nos aterravam.

Enquanto conversávamos sobre o curso, ríamos de histórias engraçadas e trocávamos confidências, percebemos um movimento perto de nós. Uma enorme tartaruga marinha saía da água, trazida pelas ondas, e começava a vir em nossa direção. Sem trocar palavras, apenas olhares, fizemos um pacto silencioso de observar sem interferência o que aconteceria a seguir. A tartaruga caminhou vagarosamente pela areia. Acompanhávamos cada movimento seu, quase prendendo a respiração para não a espantar. A vontade de registrar o momento pela câmera do celular era imensa, para poder compartilhar com os amigos que estavam perdendo isso, mas a falta de luminosidade impedia tal proeza. Esse momento era só nosso. Então continuamos a acompanhar cada passo, cada pausa.

Finalmente, a tartaruga escolheu um local que não ficava há mais de dois metros de onde estávamos sentadas. Começou a cavar. Suas poderosas nadadeiras se transformaram em pás velozes, e rapidamente cavou um buraco fundo o suficiente para enfiar seu corpo. Entrou de ré, e só conseguíamos ver sua cabeça e nadadeiras dianteiras. Nossa respiração entrou em sintonia com a magia do que estávamos presenciando. Não víamos, mas pressentíamos cada ovo que ia sendo depositado ali. Depois de uns minutos, algo no oceano chamou nossa atenção. As cores estavam mudando, ficando mais claras, como se estivessem cobertas por fios de prata. E então, como uma noiva que entra na igreja e comanda a atenção de todos, surgiu a lua…enorme, brilhante, cheia. Diante de nossos olhos arregalados, ela subiu vagarosamente, tomando seu lugar no céu. Olhávamos para a lua, para a tartaruga que estava tranquilamente depositando seus ovos na praia, e uma para a outra. Era surreal! Era mágico.

A tartaruga ficou totalmente imóvel. Havia terminado seu esforço e precisava descansar. Ficou assim por mais de uma hora. Ficamos aguardando pacientemente para ver o que aconteceria a seguir. Queríamos que ela ficasse bem. Sussurramos, preocupadas, se ali seria um lugar seguro para os ovos. Estava tão perto do bar e do hotel. Depois fizemos silêncio novamente. A mãe exausta precisava do seu descanso. Mais meia hora se passou. A tartaruga começou a esboçar seus primeiros movimentos. Saiu do buraco e usou as poderosas nadadeiras para empurrar a areia de volta, cobrindo todos os ovos, protegendo-os das intempéries, dos predadores, e de qualquer outro perigo que se apresentasse. Dando-se por satisfeita, começou sua volta para o mar. A nós, parecia um pouco perdida. Talvez fosse a exaustão. Ela começou a fazer um caminho paralelo às ondas. Minha amiga achou que talvez ajudaria se passasse adiante da tartaruga e tentasse guia-la. Começou a cantar uma música de Beethoven suavemente, repetindo a mesma linha musical várias vezes, primeiro perto da tartaruga, e depois se afastando lentamente em direção à água. Para nosso encanto, a tartaruga começou a segui-la! E assim a tartaruga encontrou a água. Logo as ondas a levaram e a perdemos de vista.

Voltamos para o hotel e seguimos mais leves.

Colaboração: Priscila Assumpção, Terapeuta, Mediadora, Especialista em Comunicação,

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Unimed Rio Claro apresenta:

Neste episódio especial, abordamos um tema cada vez mais relevante na área da saúde: os desafios e os limites éticos e legais no exercício da medicina. Como as decisões médicas se equilibram entre a legislação vigente e os princípios éticos da profissão? Para aprofundar esse debate, recebemos dois convidados de peso:

👩‍⚕️ Dra. Thais Lussari Portieres – Advogada Presidente da Comissão Direito Médico da OAB de Rio Claro

👨‍⚖️ Dr. Gilson Tadeu Lorezon – Advogado Vice-Presidente da Comissão Direito Médico da OAB de Rio Claro

Descubra como eventos como o simpósio vêm contribuindo para promover o diálogo entre o setor jurídico e a prática médica, e como isso pode impactar o futuro da saúde no Brasil.

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