Investigadores da DIG de Rio Claro localizam e prendem suspeita de incitar espancamento que levou à morte de Ralferson Willian Santos Penchina
A Polícia Civil de Rio Claro alcançou um marco significativo nas investigações do homicídio de Ralferson Willian Santos Penchina, de 36 anos, que foi brutalmente espancado até a morte em 27 de outubro, no Jardim das Nações 1, em frente ao Condomínio Japão.
Nesta quarta-feira (19), a esposa da vítima foi localizada e presa no bairro Chácara Lusa. Foragida desde dezembro, ela teve a prisão preventiva decretada e foi conduzida ao sistema penitenciário, onde permanecerá à disposição da Justiça enquanto as investigações prosseguem.
Desdobramentos da investigação
Inicialmente, a mulher alegou não ter presenciado as agressões contra o marido e afirmou que, após retornar para casa com a filha de cinco anos, soube da morte dele apenas na manhã seguinte. No entanto, análises conduzidas pela Polícia Civil revelaram uma realidade diferente. Imagens e depoimentos comprovam que ela permaneceu no local durante todo o espancamento, incitando os agressores a atacarem a vítima.
Outros envolvidos no crime
A DIG de Rio Claro já havia identificado e detido dois outros envolvidos no homicídio. Em novembro do ano passado, um adolescente de 17 anos e um homem de 22 anos foram localizados e responsabilizados por sua participação no crime.
O menor de idade confessou ter utilizado um pedaço de madeira para golpear Ralferson e foi apreendido no bairro Cervezão, sendo posteriormente encaminhado à Fundação Casa em Piracicaba. Durante os depoimentos, demonstrou frieza e falta de arrependimento.
Já o homem de 22 anos, apontado como o mentor do crime, aparece em imagens coordenando os ataques e desferindo golpes violentos na vítima. Com passagens anteriores por tráfico de drogas quando menor, ele é também investigado por envolvimento em roubo de veículos e por liderar o tráfico na região onde ocorreu o assassinato.
O crime
O homicídio ocorreu na madrugada de 27 de outubro, no bairro Terra Nova, em frente ao Condomínio Japão. Imagens anônimas registraram o momento em que Ralferson foi brutalmente espancado por um grupo de criminosos.
Segundo o boletim de ocorrência, Danielle Silva Caiano Neto, esposa da vítima, relatou inicialmente que os dois retornavam de um encontro com amigos quando Ralferson, sob efeito de entorpecentes, a agrediu com socos. Em sua versão inicial, afirmou que desconhecidos intervieram para defender a mulher, e que ela saiu do local antes do desfecho da agressão.
Contudo, mensagens trocadas via WhatsApp com a cunhada de Ralferson, Flávia, revelaram contradições em seu depoimento. Flávia relatou que recebeu, na manhã do dia 27, vídeos do espancamento e mensagens de Danielle, que se mostrava ciente dos eventos desde o início.
A investigação da Polícia Civil, conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), segue para identificar outros possíveis envolvidos e garantir que todos os responsáveis pelo crime sejam levados à Justiça.