Vagas são para toda a montagem do evento, staff, além de funcionários do entorno, como equipe de estacionamento, lojas e restaurantes. Em relação aos postos indiretos, expectativa da prefeitura é de 15 mil.
A organização da 34ª Festa do Peão de Americana informou que rodeio vai gerar pelo menos 5 mil empregos diretos durante os sete dias de evento, que começa nesta sexta-feira (10) e vai até o dia 19. A expectativa é que a abertura das vagas promova a retomada de um setor que precisou ficar praticamente três anos parado por conta da pandemia da Covid-19.
Desde março de 2020, quando começaram as restrições por conta do coronavírus, o único dos três maiores rodeios do Brasil que já retornou foi o de Jaguariúna (SP), no fim de 2021. Por isso, no caso de Americana (SP), a esperança é grande para que pessoas que contavam com a renda proveniente da festa retomem as atividades. O Rodeio de Barretos, que completa a trinca dos eventos de grande porte do gênero, voltará presencialmente em agosto, também depois de três anos.
“Eu mesmo cansei de ver conhecidos trabalhando em transporte alternativo para pagar as contas”, conta o presidente do Clube de Cavaleiros de Americana (CCA), Beto Lahr, responsável pela organização da Festa do Peão.
De acordo com o presidente, as 5 mil vagas são referentes a toda a montagem do evento, staff, além de funcionários do entorno, como equipe de estacionamento, lojas e restaurantes. As vagas já estão preenchidas, segundo a assessoria do rodeio.
“Padeiros e cozinheiros de hotéis onde as pessoas vão se hospedar ganham. A vendedora da loja onde compram roupa para ir na festa também. É toda uma economia que gira, que movimenta a região”, resume Lahr.
No caso dos empregos indiretos, que afetam toda a economia do município, como os serviços de hotéis e restaurantes, a previsão é da geração de 15 mil postos de trabalho, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Americana.
“É um evento muito importante, já que movimenta todas as cidades da região, principalmente Americana. Temos lotação máxima dos hotéis, além de grande utilização de serviços da cidade, como restaurantes”, ressalta Rafael de Barros, titular da pasta.
Dois empregos
Um dos que aguardaram ansioso por esse dia foi o pintor de paredes Pedro Israel Fernandes de Azevedo, de 37 anos. É que durante as próximas semanas ele vira o palhaço Pezão, responsável pela animação do público na arena de competição. Morador de Americana, ele viaja aos finais de semana pelos rodeios do país há 15 anos, mas trabalhar “em casa” tem um gostinho especial.
“As expectativas são sempre as melhores depois deste período de três anos longe da arena”, diz Pezão, que fatura uma média de R$ 5 mil por festa. O valor ainda é complementado com o trabalho de pintura das estruturas do evento, que ele também fica encarregado. “Sou pintor desde os 13 anos. Trabalhar é minha meta e a festa me oferece essa oportunidade”, completa.
De longe
O membro da equipe de manejo em touros Dionisio Freitas é morador do Mato Grosso do Sul e irá até Americana para cuidar dos animais que vão desfilar e competir. Junto com ele, uma equipe de 15 membros consome em restaurante e usa hotéis do município.
“Desde 2010 vamos para Americana no mês de junho. Só não fomos nos dois anos de pandemia”, relata.
Fonte: g1 Campinas e Região