Mancha Verde, Tom Maior, Acadêmicos do Tatuapé e Dragões da Real também passaram pelo Anhembi. Desfiles foram marcados por imagens de resistência, esperança e homenagens ao carnaval.
Tucuruvi, Vila Maria e Colorado do Brás foram os destaques do primeiro dia do Grupo Especial do carnaval de São Paulo, que terminou na madrugada desse sábado (23).
O retorno das escolas ao Anhembi, após mais de um ano de pausa devido à pandemia da Covid-19, foi marcado por desfiles com imagens de resistência, esperança e homenagens ao carnaval.
A Acadêmicos do Tucuruvi abriu a noite com uma ode ao carnaval e celebrou o samba como resistência em um enredo que lembrou das 14 escolas do Grupo Especial.
Colorado e Tom Maior encontraram nos livros a inspiração para os desfiles deste ano: do clássico “O Pequeno Príncipe” a obra de Carolina Maria de Jesus.
A Mancha Verde refletiu sobre a importância da água em um desfile “abençoado” e a Unidos de Vila Maria repensou a vida pós-pandemia em um desfile que pregou a união e solidariedade.
Já sob a luz do dia, a Acadêmicos do Tatuapé cantou a história do café no Brasil e a Dragões da Real encerrou a madrugada com uma homenagem ao mais paulistano dos sambistas: Adoniran Barbosa.
Neste sábado (23), a partir das 22h30, Vai-Vai, Gaviões da Fiel, Mocidade Alegre, Águia de Ouro, Barroca Zona Sul, Rosas de Ouro e Império de Casa Verde desfilam.
Veja como foram os desfiles da primeira noite:
Acadêmicos do Tucuruvi
A Acadêmicos do Tucuruvi abriu o primeiro dia de desfiles em São Paulo falando sobre o próprio carnaval, com o enredo “Carnavais… De lá pra cá, o que mudou? Daqui pra lá, o que será?”. A escola retornou ao Grupo Especial este ano, após ser desclassificada por falha técnica em 2019. Leia mais sobre o desfile da Tucuruvi.
Colorado do Brás
Segunda escola a desfilar, já na madrugada de sábado (23), a Colorado do Brás exaltou a escritora Carolina Maria de Jesus em um desfile contra o preconceito e com a presença de uma rainha trans.
Camila Prins estreou sua majestade à frente dos tamborins sob o enredo “Carolina – A Cinderela Negra do Canindé” que cantou a história da ex-catadora de papelão e autora do best seller “Quarto de despejo: diário de uma favelada” (1960). Leia mais sobre o desfile da Colorado.
Mancha Verde
A Mancha Verde entrou na avenida com sete minutos de atraso após parte de uma das suas alegorias do carro abre-alas se quebrar mas conseguiu se recuperar e encerrou o desfile com 64 minutos. Com o enredo “Planeta Água”, a Mancha refletiu sobre a importância da preservação e valorização da água não apenas para a natureza, como também para rituais de várias religiões. Leia mais sobre o desfile da Mancha.
Tom Maior
A Tom Maior foi a quarta escola do grupo especial a entrar na passarela do Anhembi com o enredo “O Pequeno Príncipe no Sertão” – uma adaptação para cordel de “O Pequeno Príncipe”, clássico da literatura francesa escrito por Antoine Saint-Exupéry. Quem roubou a cena foi o passista-mirim Matheus Oliveira, de 6 anos. Um vazamento de óleo na avenida atrasou em quase uma hora o desfile da escola seguinte. Leia mais sobre o desfile da Tom Maior.
Unidos de Vila Maria
A Unidos de Vila Maria foi a quinta escola a desfilar. Apesar de um susto inicial, com uma aparente falha no carro abre-alas, a escola iniciou o desfile dentro do tempo e levou para a avenida o enredo “O mundo precisa de cada um de nós”. Um canto de amor, fé e fraternidade que repensou a vida pós-pandemia e promoveu uma reflexão sobre a solidariedade diante das incertezas e desafios da humanidade ao longo da história. Leia mais sobre o desfile da Vila Maria.
Acadêmicos do Tatuapé
Penúltima escola a desfilar no primeiro dia de carnaval, a Acadêmicos do Tatuapé cantou a história e a importância do café para o Brasil através da simbologia do Preto-Velho. O samba “Preto Velho conta a saga do café num canto de fé” é assinado por 22 compositores. O enredo abordou a chegada das primeiras sementes de café a Belém do Pará até a migração para o Rio de Janeiro, onde se espalhou pelo país e foi chamado de “ouro negro” nas fazendas cafeeiras de Minas Gerais. Leia mais sobre o desfile da Tatuapé. Leia mais sobre o desfile da Tatuapé.
Dragões da Real
A Dragões da Real fechou o primeiro dia de desfiles das escolas do grupo especial no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo. A escola, que entrou na avenida já com o dia claro neste sábado (23), fez homenagem ao cantor e compositor Adoniran Barbosa (1912-1982). Este ano marcou o retorno do carnavalesco Jorge Silveira à Dragões da Real. Ele esteve na escola entre 2015 e 2017, ano em que conseguiram o vice-campeonato – o melhor resultado já obtido pela Dragões da Real. Leia mais sobre o desfile da Dragões.
Fonte: g1 São Paulo Carnaval 2022