Membros dos blocos apresentaram suas demandas
A União das Escolas de Samba da Cidade Azul (Uesca) se reuniu na noite de terça-feira (15/12), na sede da Samuca, com presidentes e representantes de blocos de carnaval de Rio Claro para discutir o futuro da tradição do samba na cidade, a filiação de blocos à União e as possibilidades de reorganização do Carnaval, das escolas e blocos.
Participaram representantes dos blocos: Império Garra de Ouro, do Bairro do Estádio; Gaviões da Fiel, do Jardim Cervezão; Embaixadores do Samba, do Jardim América; Império do Samba, Vila Paulista e Mocidade Saudosa Maloca, da Bela Vista. A Gaviões da Fiel assinou a filiação à Uesca no final da reunião e os outros representantes devem se filiar após avaliarem o estatuto da entidade.
A reunião abordou a possibilidade de volta do Carnaval de rua, as dificuldades de manutenção de blocos e escolas de samba e a função desempenhada pela Uesca junto à administração municipal.
Os presidentes de blocos salientaram que querem participar das decisões relativas ao Carnaval, com uma presença mais atuante na Uesca e nas discussões realizadas pelas escolas de samba.
O presidente da Império, Paulo César Lemes destacou que sua agremiação já tem o direito de sair como escola-convidada por ter sido campeã do desfile de blocos, mas a interrupção do carnaval de rua prejudicou os planos da escola.
Já o presidente da Uesca, João Nuvens explicou o papel da instituição e destacou que quer os blocos organizados para se tornarem escolas de samba no futuro, além de fortalecer a tradição do samba e do carnaval de rua da cidade. “A Uesca tem obrigação de fazer a tradição do samba se perpetuar na cidade, por isso incentivamos que os blocos se apoiem em suas comunidades e busquem se organizar cada vez mais, diz Nuvens.
Ele destacou também que somente a união das escolas e blocos vai permitir que o Carnaval de rua volte a ser realizado e a tradição das escolas de samba se mantenha na cidade. “O que existe é a tradição do samba só isso”, disse.
Nuvens destacou que reunião marca um momento de união da comunidade carnavalesca, que reúne escolas e blocos. “A Uesca quer fortalecer suas comunidades trabalhando de forma agregadora e não segregadora, porque com organização e planejamento vamos conseguir manter nossa tradição no samba, nas ações sociais e na cultura da cidade”, disse Nuvens.