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Supermercados locais sentem falta de abastecimento

Com a paralisação do transporte, muitos sofrem com a falta de abastecimento, principalmente os supermercados de bandeira local que não contam com grandes centros de distribuição. Nossa reportagem percorreu alguns supermercados rio-clarenses para saber dos proprietários como andam os estoques das mercadorias e como estão administrando a falta de mercadorias.

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No Supermercado Tropical estivemos com o proprietário Luiz Stefano, que disse:

“Nosso depósito é estruturado temos uma boa quantidade de mercadorias, nosso problema está com os perecíveis. No momento, estamos conseguindo comprar algumas mercadorias de pequenos produtores da nossa região. Hoje por exemplo eu recebi berinjela, mandioca, quiabo e verduras de folhas. No segmento de carnes recebemos suíno e também frango. Porém, o frango, o fornecedor não manteve o preço que estava sendo praticado, infelizmente recebemos o produto com o valor alterado do que estava sendo praticado na semana passada. Para nós, que temos a política de comercializar a carne fresca, este tipo de produto está bastante complicado no momento, uma vez que o frigorífico não consegue entregar.”

O Bananas Hortifrúti está sentindo os reflexos da paralisação, segundo o proprietário Adriano,

“O Ceasa meu principal fornecedor está sem produtos para entregar. Eu carrego um caminhão por dia do Ceasa, infelizmente no momento não estou podendo trabalhar. E digo mais, essa situação vai demorar um pouco para acomodar, mesmo que a paralisação terminasse hoje, demandaria um período de no mínio 15 dias para colocarmos a casa em ordem. O Brasil é um grande produtor de legumes e frutas, mas infelizmente está tudo esparramado e distante, a batata por exemplo vem do Paraná, o mamão e o coco da Bahia o Melão e outras frutas a maioria delas do Norte e Nordeste, o tomate do Norte de Minas e Goiás, então imagina quanto tempo levará para todas essas mercadorias voltarem a chegar no Ceasa e depois abastecer todos os supermercados. No início da paralisação as mercadorias que estavam em transito boa parte delas chegaram ao Ceasa, mas ninguém mais carregou nada desde que a paralisação começou. Infelizmente o meu segmento está sendo um dos mais atingidos no momento.”

No Brasil Frios, importante supermercado localizado na avenida Brasil, ponto apoio para industriários, uma vez que o mesmo está na rota do Distrito Industrial. Segundo o proprietário Antônio Carlos Basso

“A dificuldade no momento está sendo com os produtos perecíveis. Toda quarta-feira a loja promove a Quarta Saudável onde é oferecido inúmeros produtos do segmento esta semana a política adotada será na comercialização de verduras uma vez que as mesmas são produzidas em nossa região e também alguns produtos de produtores locais. Infelizmente tomate, batata e alguns tipos de frutas que vem de fora, esses serão impossíveis no momento. Já as mercadorias que não são perecíveis estão na área de vendas e a empresa sempre manteve um estoque capaz de suprir as necessidades por mais um período.”

enfatiza Basso.

O Pantoja Supermercados também está sentido os reflexos da paralisação, segundo Humberto Pantoja;

“A dificuldade no momento está sendo na carne Bovina uma vez que o supermercado trabalha com carne fresca e no Hortifrúti. Produtos como: ovo, tomate, batata desapareceram nas bancas já as verduras folhas que são produzidas na região de Ajapí estas estão sendo entregue normalmente pelo próprio produtor. ”

No Supermercado Examine, localizado no Bairro Palmeiras, a preocupação do gerente Carlos Friol está sendo com o gás de cozinha.

“Nós fabricamos pão e muitos produtos neste segmento e também temos uma rotísserie, se o abastecimento não retornar, não saberemos como iremos atender nosso cliente. No momento a loja está sentindo a falta de alguns produtos de hortifrúti, carnes, iogurtes e leite in natura. Já o leite longa vida estamos limitando a venda a uma caixa com 12 litros por cliente”

Na Rede Econômica no Mercado Matos a falta de abastecimento também está afetando os produtos perecíveis como Hortifrúti. Segundo Tatiana Peixoto

“Estamos sem batata, tomate, cebola, banana, carne bovina, esses produtos não têm previsão de chegada. O frango, como temos fornecedor em Rio Claro, recebemos, mas infelizmente os preços não são mais os mesmos praticados na semana passada, uma vez que o fornecedor realinhou a tabela.”

Já no Mix Brasil, localizado no Bairro do Chervezon, as verduras de folhas que são produzidas na nossa região estão chegando normalmente, o frango também está sendo entregue e o depósito da empresa ainda consegue atender a demanda do público em todos os segmentos. A falta está sendo de tomate, cebola, cenoura, batata, laranja, banana e carne bovina.

 

 

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