Sessão marcada por discussões acaloradas termina em conflito físico entre os vereadores Moisés Marques e Paulo Guedes, levando à intervenção da Guarda Civil e registro de ocorrência na Polícia Civil.
Por: Felipi Franco
Na noite desta segunda-feira (19), a Câmara Municipal de Rio Claro durante uma sessão marcada por discussões acaloradas, o vereador Moisés Marques (PL) acabou ferido, após desinteligencia com o vereador Paulo Guedes (Progressistas). O incidente, que gerou grande repercussão, culminou na necessidade de intervenção da Guarda Civil e no registro de ocorrência pela Polícia Civil.
O Conflito
O incidente teve início durante a sessão, quando Moisés Marques criticou a qualidade da merenda escolar fornecida na rede pública municipal. A crítica gerou uma série de discussões acaloradas com outros vereadores, resultando em uma troca de insultos e quase agressão fisica como mostram imagens nas redes sociais. Após o encerramento da sessão, o vereador Paulo Guedes se dirigiu a Moisés Marques para conversar. De acordo com Paulo Guedes, Moisés já estava visivelmente irritado por conta das discussões anteriores e começou a insultá-lo, ofendendo com palavras de baixo calão e também sua família. Em resposta, Paulo Guedes desferiu um soco em Moisés, conforme relata o boletim de ocorrência registrado.
O episódio foi parcialmente capturado pelas câmeras do Jornal Cidade, que mostraram o início da interação entre os vereadores. No entanto, o momento exato da agressão não foi registrado. As imagens das Câmeras de Segurança da Casa de Leis serão fundamentais para esclarecer os detalhes do ocorrido.
Ação da Guarda Civil e Desdobramentos
A Guarda Civil foi acionada por volta das 19h para atender à ocorrência de lesão corporal entre vereadores. No local, os guardas confirmaram que Paulo Guedes havia agredido Moisés após o suposto insulto. Moisés foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da 29, onde recebeu atendimento médico.
Mais tarde, às 20h20, Moisés Marques compareceu ao Plantão Policial para registrar a ocorrência. Posteriormente, outro vereador, Heitor Alves, também registrou uma declaração alegando ter sido agredido por Moisés durante o mesmo evento. Paulo Guedes, por sua vez, apresentou sua versão dos fatos, alegando que sua reação foi motivada pelas ofensas que teria recebido de Moisés.
Declarações e Consequências
Em contato com a reportagem do Cidade Azul Notícias, Paulo Guedes afirmou que sua reação foi impulsionada pelo calor do momento e de sua condição emocional alterada após a fala do outro Vereador.
“Se vocês verificarem no vídeo que foi postado nas redes sociais (jornal cidade), irão observar ele se faz de “Vítima” mas não deixou o trabalho legislativo acontecer como deveria, fala várias inverdades, chamando para ele toda atenção como sempre fez e a confusão gerada, para tentar substituir o trabalho que nunca soube fazer por notoriedade nas redes sociais, entra em discussão verbal com outros Vereadores e quase se agridem, e ao término da Sessão eu fui aconselhá-lo dizendo que aquele não era o papel dele arrumando confusões (todas registradas em vídeo) como ele faz em quase todas as Sessões da Câmara, inclusive em uma das sessões ele agride a Veredora, mostrando-se dono de um caráter completamente machista, após meus aconselhamentos ele simplesmente virou para mim me deu um empurrão, ofendeu-me com palavras de baixo calão, ofendeu a honra da minha família, como pai e esposo ninguém suportaria ouvir o que ele me disse, e no alto da emoção já encalorada explodi e revidei o empurrão, uma reação quase que automática de quem está sendo agredido para sua própria defesa, ele e o grupo dele estão desesperados e querem me prejudicar de qualquer forma, mas refletindo melhor e após estar de cabeça mais fria vou pedir a Deus por eles, para que aprendam ser cogestores da administração pública, que apoiem o trabalho do prefeito independente de quem seja “ele” e o seu “partido” dando condições de governabilidade e trabalhabilidade como eu sempre fiz ao longo de todo o período que estou Vereador ajudei todos os prefeitos governarem a nossa cidade; afinal de contas eles tem que entender o que sempre levei comigo no plenário um único partido que existe e para mim chama-se Rio Claro.” Declarou Paulo Guedes
Nossa reportagem também entrou em contato com o vereador Moisés Marques, se manifestou sobre o ocorrido. O vereador enviou uma nota pública esclarecendo o ocorrido. Segundo a declaração:
Nota do Vereador Moisés Marques
“Na noite do dia 19 de agosto de 2024, em plena sessão ordinária na Câmara Municipal, após denunciar a falta de carnes na merenda das crianças das escolas municipais, fui agredido por outro vereador com dois socos no rosto e ameaçado de morte. Tal atitude é inadmissível; a agressão sofrida não foi só ao vereador Moisés Marques, foi uma agressão à liberdade, uma agressão ao Poder Legislativo, uma agressão a cada um dos 1.650 eleitores que me elegeram, uma agressão a todos aqueles que zelam pelo processo eleitoral e pela democracia.” Declarou Paulo Guedes.
Moisés anunciou anteriormente sua intenção de denunciar o caso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, pedindo a cassação do mandato de Paulo Guedes.
A assessoria de Moisés formalizou um pedido para obter as gravações das câmeras de segurança do Legislativo, que serão anexadas ao boletim de ocorrência.
A agressão física entre os vereadores Moisés Marques e Paulo Guedes, registrada pelas câmeras de segurança e envolvendo a intervenção da Guarda Civil, destaca a gravidade da situação na Câmara Municipal de Rio Claro. As investigações continuam, e o resultado pode impactar diretamente as carreiras políticas dos envolvidos.