Ação conjunta dos distritos policiais de Rio Claro resulta em oito indiciamentos e duas prisões preventivas de integrantes do grupo criminoso
A Polícia Civil do Estado de São Paulo, por meio do 2º e 3º Distritos Policiais de Rio Claro, deflagrou uma operação que desarticulou uma organização criminosa interestadual especializada em golpes eletrônicos. A investigação foi iniciada em abril deste ano, após uma denúncia registrada no plantão policial de Rio Claro, quando uma vítima recebeu ligação de um indivíduo que se passou por juiz e exigiu o pagamento de R$ 1.000,00 como suposta fiança para liberação de seu filho.
A partir desse caso, a Polícia Civil desencadeou diligências complexas, que permitiram rastrear e identificar oito integrantes do grupo, todos oriundos do Estado do Ceará. A organização agia de maneira articulada e estruturada, com divisão de tarefas, utilizando falsamente a identidade de autoridades públicas como juízes, promotores e delegados para enganar as vítimas.
Segundo a apuração, os criminosos exploravam momentos de fragilidade emocional de familiares de pessoas presas em flagrante para exigir valores como se fossem referentes a fianças. O dinheiro era distribuído em uma rede de contas bancárias em nome dos próprios envolvidos e de terceiros, dificultando o rastreamento financeiro e o ressarcimento às vítimas.
Durante a investigação, foi decretada a prisão preventiva de dois dos principais suspeitos — entre eles o líder do grupo, conhecido pelo apelido de “Promotor”. As prisões foram cumpridas nesta quarta-feira pela Polícia Civil do Ceará, em apoio à operação paulista.
No total, oito pessoas foram formalmente indiciadas por estelionato qualificado e organização criminosa. Além do Estado de São Paulo, o grupo mantinha ramificações no Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Tocantins e Rondônia.
O trabalho técnico e analítico da Polícia Civil de Rio Claro foi fundamental para a elucidação do esquema e a neutralização de uma quadrilha de atuação interestadual, demonstrando firmeza e eficiência no enfrentamento à criminalidade digital organizada.