Coletiva: em junho, estado superou a marca de 20 mil diagnósticos por dia; em março, balanço era de 900 exames realizados diariamente.
O Estado de São Paulo já realizou mais de 1,7 milhão de exames para diagnóstico do novo coronavírus e ampliou em mais de vinte vezes a produção diária de testes. O balanço apresentado na coletiva de imprensa desta quinta-feira (30) aponta 1.788.185 exames processados até o dia 27.
Desse total, 26,7 mil foram realizados em março; 119 m em abril; 369,1 em maio; 691,6 mil em junho. Ainda preliminar, o número de 576,3 mil exames realizados em julho segue a tendência de crescimento, reiterando a expansão da testagem em conformidade com as estratégias do Governo do Estado.
Hoje, SP processa vinte vezes mais testes por dia em comparação à fase inicial da pandemia, com aumento gradativo a cada mês. Em março, a média diária era de 900 exames, sendo quadruplicada já em abril, com 3,9 mil por dia. Em março passa a ser três vezes maior, com 12,3 mil testes diariamente.
No mês de junho, o balanço atualizado ultrapassa 23 mil exames, com a expectativa de pelo menos manutenção desta média após consolidação de julho – hoje, a média preliminar é de 21,3 mil por dia, mas o abastecimento segue em curso com a inserção dos dados enviados à Saúde pela iniciativa privada.
“A testagem é essencial para rastrear e monitorar o andamento da pandemia. Estamos trabalhando para ampliar cada vez mais esse trabalho a fim de registrar os casos de forma mais rápida e isolar o vírus”, comentou o coordenador de Controle de Doenças (CCD) e do Centro de Contingência, Paulo Menezes.
Os aumentos são fruto das iniciativas de otimização da rede de laboratórios públicos e de unificação dos dados dos serviços privados de diagnóstico.
A proporção dos tipos de testes utilizados demonstra que a cada 10 diagnósticos, 6 são realizados por meio de RT-PCR (transcriptase polimerase), cerca de 3 por teste rápido e 1 por outros métodos. Em março, apenas o PCR era realizado.
“Estamos concentrando todos os esforços para que ninguém fique sem assistência. A testagem em massa é uma conquista que está em constante aprimoramento”, disse o Secretário Executivo de Estado da Saúde, Eduardo Ribeiro Adriano.
No Estado de São Paulo, o enfrentamento da pandemia é multifatorial, aliando estratégias de monitoramento da capacidade hospitalar, da evolução da pandemia quanto aos casos, óbitos e internações, além do fortalecimento da testagem e monitoramento de contatos.
A testagem em massa auxilia na condução das estratégias para reduzir a transmissão do coronavírus. A partir do momento em que um paciente tem um diagnóstico positivo, ele é isolado. Soma -se a isso o monitoramento das pessoas com quem ele teve contato, contribuindo para a identificação de novos casos suspeitos, ou seja, pessoas com sintomas como tosse seca, febre e falta de ar.
Os exames do tipo PCR servem para confirmar se a pessoa está infectada, sendo indicado até o sétimo dia de sintomas gripais). Já os testes rápidos permitem identificar se o paciente já foi contaminado no passado e passou a possuir anticorpos contra o coronavírus, com recomendação de uso após o oitavo dia de sintoma ou para pessoas assintomáticas.