“Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças. Estas serão abundantes para aqueles que a usarem com confiança”, disse Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré, no dia 27 de novembro de 1830.
Nesta sexta-feira (27), a comunidade de Nossa Senhora Aparecida se volta a Capela de Nossa Senhora das Graças para festejar o Dia da Santíssima Virgem da Medalha Milagrosa; Nossa Senhora das Graças. A celebração será presidida pelo Pároco Pe. Ranato Andreato. Cumprindo o protocolo de segurança a missa obedece todas as normas de prevenção da doençaca, limitando ao número de 100 fiéis. Como medida preventiva a fim de evitar aglomeração a procissão foi suspensa este ano.
Sem deixar de lado a Fé a equipe litúrgica da Capela, preparou algumas surpresas para os fiéis que irão celebrar juntamente com a comunidade a Fé e Devoção a Nossa Senhora das Graças.
Em conversa com o Cidade Azul Notícias; Pe. Renato Andreato Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Convida os fiéis católicos a participarem da missa que será realizada hoje na Capela em Rio Claro na Rua 10 A Esquina da Avenida 40 A.
No áudio Pe Renato faz uma citação sobre o pedido de Nossa Senhora a irmã de caridade Santa Catarina de Laboré.
Conheça a História da Medalha Milagrosa e a aparição de Nossa Senhora
No ano de 1830 que a Virgem Maria apareceu para a Irmã Catarina Labouré, da Congregação das Filhas da Caridade, primeiramente na noite de 18 de junho. Um anjo despertou a religiosa e a conduziu até a capela, onde encontrou a Mãe de Deus e conversou com ela por mais de duas horas, ao final da qual Maria lhe disse: “Voltarei, minha filha, porque tenho uma missão para te confiar”.
No dia 27 de novembro do mesmo ano, a Santíssima Virgem voltou a aparecer para Catarina. A Mãe de Deus estava com uma veste branca e manto azul. Conforme relatou a religiosa, era de uma “beleza indizível”. Os pés estavam sobre um globo branco e esmagavam uma serpente.
Suas mãos, à altura do coração, seguravam um pequeno globo de ouro, coroado com uma pequena cruz. Levava nos dedos anéis com pedras preciosas que brilhavam e iluminavam em toda direção.
A Virgem olhou para Santa Catarina e lhe disse: “O globo que vês representa o mundo inteiro, especialmente a França e cada alma em particular. Estes raios são o símbolo das graças que eu derramo sobre as pessoas que me pedem. As pérolas que não emitem raios são as graças das almas que não pedem”.
O globo de ouro que a Virgem Maria estava segurando se desvaneceu e seus braços se estenderam abertos, enquanto os raios de luz continuavam caindo sobre o globo branco dos pés.
Nesse momento, formou-se um quadro oval em torno de Nossa Senhora, com as seguintes palavras em letras douradas: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.
Então, Maria pediu que Catarina mandasse cunhar a medalha, segundo o que estava vendo.
A aparição girou e no reverso estava a letra “M” encimada por uma cruz que tinha uma barra em sua base, a qual atravessava a letra. Embaixo figurava o coração de Jesus, circuncidado com uma coroa de espinhos, e o coração de Nossa Senhora, transpassado por uma espada. Ao redor havia doze estrelas.
A manifestação voltou a acontecer por volta do final de dezembro de 1830 e princípio de janeiro de 1831.
Em 1832, o Bispo de Paris autorizou a cunhagem da medalha e assim se espalhou pelo mundo inteiro. Inicialmente a medalha era chamada “da Imaculada Conceição”, mas quando a devoção se expandiu e se produziram muitos milagres, foi chamada “Medalha Milagrosa”, como é conhecida até nossos dias.
Para celebrar este dia em que recordamos Nossa Senhora das Graças, confira a seguir a oração para pedir o auxílio da Virgem:
“Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, do poder ilimitado que vos deu o vosso divino Filho sobre o seu coração adorável. Cheio de confiança na vossa intercessão, venho implorar o vosso auxílio. Tendes em vossas mãos a fonte de todas as graças que brotam do Coração amantíssimo de Jesus Cristo; abri-a em meu favor, concedendo-me a graça que ardentemente vos peço. Não quero ser o único por vós rejeitado; sois minha Mãe, sois a soberana do coração de vosso divino Filho.”
“Sim, ó virgem santa, não esqueçais as tristezas desta terra; lançai um olhar de vontade aos que estão no sofrimento, aos que não cessam de provar o cálice das amarguras da vida. Tende piedade dos que se amam e que estão separados pela discórdia, pela doença, pelo cárcere, pelo exílio ou pela morte. Tende piedade dos que choram dos que suplicam e dai a todos o conforto, a esperança e a paz! Atendei, pois, à minha humilde súplica e alcançai-me as graças que agora fervorosamente vos peço por intermédio de vossa santa Medalha Milagrosa!”
Sobre Santa Catarina de Laboré
Órfã de mãe desde os 9 anos, ela pediu a Nossa Senhora que fosse a sua mãe. Ocupou-se das tarefas domésticas desde bem cedo, e, como a sua irmã se tornou religiosa vicentina, não pôde ter sequer a oportunidade de aprender a ler e escrever. Quando ela própria pediu permissão ao pai para entrar num convento, ele negou. Catarina obedeceu, mas continuou pedindo a Deus a graça de viver a vocação religiosa.
Aos 24 anos, durante uma visita à irmã no convento, viu a imagem de São Vicente de Paulo e o reconheceu como um sacerdote que tinha visto certa vez em sonho, dizendo-lhe que um dia ela o ajudaria a cuidar dos enfermos. A partir dali, reforçou o propósito de se tornar religiosa vicentina e não desistiu até entrar na comunidade.
Enviada a Paris, realizou os ofícios mais singelos e cuidou dos idosos na enfermaria.
“Foi em 27 de novembro de 1830 que Maria Santíssima lhe apareceu na capela do convento e lhe pediu que cunhasse a Medalha Milagrosa, conforme a visão que estava tendo naquele momento.”
Ajudada por seu confessor, Catarina conseguiu com grande esforço a permissão do arcebispo de Paris para mandar fabricar a medalha. Começaram então os milagres prometidos por Nossa Senhora.
O confessor de Catarina, que conhecia toda a sua trajetória e sabia das aparições, faleceu e foi substituído por outro que não a compreendia. Ela manteve então em segredo a sua história com Nossa Senhora até que o confessor foi novamente substituído.
Quando sentiu que estava próxima de partir desta vida, Catarina pediu a graça do conselho a Nossa Senhora e decidiu confiar o seu segredo à superiora do convento, conseguindo então que fosse erguida no altar uma estátua para perpetuar o registro das aparições da Virgem Maria.
Catarina partiu para a Casa do Pai aos 70 anos, em 31 de dezembro de 1876.
Após 56 anos do seu falecimento, quando a sua sepultura foi aberta para uma análise oficial das relíquias, seu corpo foi achado incorrupto.
Beatificada por Pio XI em 1933 e canonizada por Pio XII em 1947, Santa Catarina Labouré é venerada como aquela a quem Nossa Senhora declarou:
“Deus quer te confiar uma missão. Vai te custar trabalho, mas vencerás se pensares que é para a glória de Deus”.