Em 2018, agentes de saúde já estiveram em mais de 150.000 imóveis particulares e públicos de Rio Claro.
A prefeitura de Rio Claro vem intensificando as ações de combate ao mosquito Aedes egypti. O trabalho é realizado por equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vinculado à Fundação Municipal de Saúde. No mês passado, os agentes visitaram 25.412 imóveis (casas, prédios e terrenos) onde eliminaram potenciais criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
Desde o início do ano já foram feitas mais de 150 mil visitas. “Também retornamos aos locais que numa primeira passada não conseguimos visitar e fazemos a vistoria”, explica Maria Julia Guarnieri, responsável por esse trabalho. Em épocas de mutirão de combate ao Aedes, que ocorre nos meses de maior temperatura, essa média de visitas aumenta.
Além das visitas feitas diariamente casa a casa pelos agentes, os relatórios mostram números cada vez mais expressivos nas vistorias realizadas em pontos estratégicos e imóveis especiais. São locais como borracharias, escolas, cemitérios e outros pontos de grande circulação de pessoas, que precisam de uma atenção maior quando o assunto é acúmulo de água. De janeiro a julho deste ano foram vistoriados 981 pontos estratégicos e 250 imóveis especiais, totalizando mais 1.231 visitas.
Mesmo com todas as ações planejadas, o combate ao mosquito só surte efeito com a colaboração da população eliminando os possíveis criadouros. O Centro de Controle de Zoonoses concluiu na semana passada mais uma Análise de Densidade Larvária (ADL). A análise apontou um índice de 1.1, considerado alto para o mês de julho. No ano passado a ADL foi de 0.3 e em 2014, alguns meses antes do início do surto de dengue no município, o índice estava em 0.8.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, número menor que 1.0 registrado no Breteau é classificado como tolerável; de 1 a 3,9, situação de alerta; e superior a 4, situação de risco. Este levantamento, realizado quatro vezes por ano, mostra o nível de infestação de larvas do Aedes aegypti.
Aliado ao resultado de situação de alerta apontado pela ADL, outra preocupação do Centro de Controle de Zoonoses é com a introdução de outro vírus da dengue em Rio Claro. Pelo município já circularam os vírus 1 e 4, deixando parte da população imune contra esses tipos. Na região de Campinas e Piracicaba, no entanto, já há registro da introdução do vírus 2.
A Secretaria de Saúde reforça o apelo para que a população não descarte lixo em terrenos baldios e locais inapropriados, nem mantenha em casa entulho ou qualquer material que possa acumular água parada, onde se desenvolvem as larvas do mosquito. Mais informações sobre o trabalho dos agentes de zoonoses podem ser obtidas pelo telefone 3523-8663.