A Ira de Narciso é um monólogo autoficcional do consagrado dramaturgo uruguaio Sergio Blanco. Gilberto Gawronski, sob direção de Yara de Novaes encabeça a montagem brasileira idealizada por Celso Curi que também assina a tradução do texto.
O espetáculo estreou no Festival de Curitiba em abril de 2018, e desde então fez mais de 30 apresentações em três temporadas na cidade de São Paulo (SESC Pinheiros , Oficina Cultural Oswald de Andrade e Teatro Sérgio Cardoso), festivais ( FIT S. J. do Rio Preto) e pelo interior do estado de São Paulo. O sucesso em relação ao público e à critica renderam a Gilberto Gawronski uma indicação ao Prêmio Shell SP 2018 por sua atuação em A IRA DE NARCISO.
O processo de montagem de A IRA DE NARCISO se iniciou quando Celso Curi assistiu a versão uruguaia dirigida pelo próprio Blanco com atuação de Gabriel Calderón. “Enlouqueci com a qualidade da montagem e especialmente do texto. Entrei em contato com o Sergio Blanco imediatamente e falei do meu desejo de traduzi-lo e comprar os direitos de montagem para o Brasil. Mostrei o texto para o Gilberto Gawronski – de quem sou fã e amigo – e ficamos um bom tempo enamorados, discutindo a obra como se fizéssemos parte de uma seita”, comenta Curi.
Para Gilberto Gawronski, assumir o texto de Sérgio Blanco é um desafio digno para comemorar seus 40 anos dedicados ao palco.
A direção de A IRA DE NARCISO é de Yara de Novaes que enxerga a peça como um portal de reflexão sobre o artista contemporâneo em embate consigo mesmo, com sua criação, o mundo das coisas e a natureza. Segundo a diretora a peça reflete sobre o efeito hipnótico que a nossa imagem exerce sobre nós e sobre como essa autocontemplação pode ameaçar a nossa própria vida.
SOBRE O AUTOR
Sergio Blanco é um dos mais importantes dramaturgos latino americanos contemporâneos. De origem uruguaia, está radicado em Paris desde 1998 para dedicar-se a escrita dramática. Formado em filologia e arte teatral o artista realizou diversos trabalhos como diretor. Em 1993 ganhou o Prêmio Florencio Revelación e uma bolsa para estudar direção de teatro na Comédie Française em Paris.
Na Comédia Nacional do Uruguai, estreou seus principais trabalhos como eles estrearam Kiev, Tebas Land, A Ira de Narciso e El Bramido de Dusseldorf. Por seus textos recebeu importantes prêmios como Prêmio Nacional de Dramaturgia do Uruguai e o Prêmio Internacional Casa de las Américas. Desde 2008 integra a gestão da Sociedade de Artes Contemporâneas COMPLOT com Gabriel Calderon, Martin Inthamoussú, Mariana Percovich e Ramiro Perdomo. Atualmente prepara sua nova criação Cuando pases sobre mi tumba que estreará em 2018, em Montevideo Seus textos já foram traduzidos em português, francês, Inglês, grego e japonês
DURAÇÃO: 100 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 anos
DIA: 29 DE SETEMBRO
LOCAL: TEATRO DO CENTRO CULTURAL
ENTRADA: GRATUITO
REALIZAÇÃO: GOVERNO DO ESTADO, SECRETARIA DA CULTURA, PREFEITURA DE RIO CLARO.
CIRCUITO CULTURAL PAULISTA – CCP.