O dançarino Brayon Endrigo Moreira, de 25 anos, vai representar Cordeirópolis e região no Festival Matrix, conhecido festival internacional de dança que será realizado em novembro de 2022 na cidade de Rosário, na Argentina.
Para chegar à competição internacional, Brayon se classificou como o melhor bailarino na Seletiva Matrix realizada no bairro do Tatuapé, em São Paulo, em abril deste ano. O prêmio lhe rendeu a ida à Argentina, sua primeira experiência internacional no mundo dos palcos.
Auxiliar de RH no escritório Lucke Contabilidade há quase 10 anos, Brayon coleciona premiações. Só em 2022, além da seletiva Matrix, levou o prêmio de melhor bailarino no XV Troféu Dança São Paulo e no Dançare Festival, em Rio Claro. Antes, ele obteve o terceiro lugar na performance de jazz no Festival CBDD de Fortaleza (CE) e se apresentou no Palco Aberto do Festival de Dança de Joinville (SC).
O irmão e um primo foram as referências de Brayon no gosto pela dança. Ele deu os primeiros passos ainda criança na igreja e, adolescente, ingressou no ministério de dança. Em 2016, iniciou as aulas regulares de balé e jazz no Studio de Dança Helga, em Cordeirópolis.
As aulas aconteciam após o expediente. Aumentou o ritmo e, em 2020, passou a fazer aulas no Studio de Dança Paulinho Gonzaga, em Araras. Desde o início, seu foco foi o jazz e o aprendizado no balé o ajudou a melhorar as performances. Quando o tempo permite, ele participa de workshops de danças contemporâneas.
Em 2018, Brayon começou a fazer trabalhos solos e a competir com coreografias elaboradas pela amiga e professora Aline Massambani. Aos poucos, se apresentou em palcos da região e de outros Estados, vencendo seletivas.
“A primeira vez que o vi dançar foi numa festa com a sua prima. Eles fizeram a coreografia do filme Dirty Dancing, foi muito bonito”, conta Gizelda Quintal Lucke, proprietária do escritório contábil onde Brayon trabalha. Os colegas descobriram seu talento a partir dos prêmios e fotos publicadas nas redes sociais e dão apoio quando o jovem viaja para competir.
Brayon se inspira em três bailarinas clássicas, a ucraniana Svetlana Zakharova, a coréografa russa Natália Osipova, e a argentina Marianela Núñez. Agora, sua meta é se apresentar no Palco Competitivo de Joinville, conhecido como Palcão.
“Dançar não é fácil. É preciso gostar muito, se dedicar, ter foco e não parar de treinar. A cada dia é preciso evoluir, com muita disciplina e conhecimento”, conta Brayon. E ele já pode contar com a ajuda da chefe para conciliar o trabalho com a viagem à Argentina, em novembro. “Ele é dedicado mesmo e essa evolução só vem com muito esforço”, incentiva Gizelda.