Leituras diárias permitem conexões de informações variadas e sinapses interessantes.
Lendo no “Jornal Cidade” da última sexta, com alegria, que Rio Claro se destaca no ranking para melhores negócios, pontuando positivamente nas áreas de comércio e indústria, dentre outras, constata-se, também a partir de várias leituras atuais referenciadas, que o momento é oportuno para se trabalhar a força das ideias e o trilhar do futuro.
Os futuristas são profissionais que trabalham projetando o futuro e ajudando as pessoas a se prepararem para ele. Precisamos de futuristas para Rio Claro, com foco em uma adequada análise das tendências de destaque no ranking para melhores e criativos negócios.
Ser resiliente e responsável, comunicativo, com ampla capacidade de adaptação, ter criatividade e conhecimento em tecnologia, sociedade, economia e sustentabilidade, são características que servem ao futurista para a sua adequada avaliação das tendências atuais e como elas podem evoluir.
O futuro está na criatividade, a partir da compreensão adequada de que a economia criativa está em alta, num processo evidente de que saímos da indústria de chaminé para a indústria inteligente.
Esse introito, e diante do que se lê das mais diversificadas fontes de informação, serve à conclusão de que o melhor é impulsionar a chamada “indústria criativa”.
A indústria criativa envolve em destaque atividades ligadas à cultura, publicidade, arquitetura, design, culinária, tecnologia, com vasto leque de profissionais que atuam como designer gráfico, programador, editor de vídeo, chefe de cozinha, gerente de marketing e pesquisadores em geral.
Iniciativas procuram alavancar empreendedores com alto potencial de transformação em áreas como, por exemplo, educação, logísticas, fintechs, tecnologia em agronegócio e telemedicina.
A média salarial do empregado criativo é cerca de 2,4 vezes maior que a média brasileira. Mesmo na pandemia, ao invés de queda, houve mais contratações e melhor paga salarial.
Entre as habilidades mais desejáveis estão a flexibilidade, adaptabilidade e visão estratégica, com contratações muito significativas nos setores da indústria de tecnologia, bens de consumo e infraestrutura.
O futuro é um mundo de processos disruptivos, nos quais saem-se bem os personagens bem preparados e alinhados com competências socioemocionais, como empatia, resiliência e capacidade de aprendizado contínuo.
A digitalização crescente da economia é impulsionada pela capacidade de inovação de profissionais criativos, ainda mais porque a interação homem máquina vai afetando cada vez mais as relações entre as pessoas. Computação afetiva (isso mesmo!) em que computadores detectam, reconhecem e simulam emoções, ganhará contornos impressionantes em curto prazo.
A identificação de cem novos perfis de trabalho, tais como engenheiro de nanotecnologia, especialista em economia circular, programador de corpos artificiais e técnico em rotas de drones, diz diretamente com a premente necessidade de inovação sustentável aliada à criatividade.
Para se ter uma ideia, os Advogados, por exemplo, Classe à qual pertence o aqui articulista, passam por momento de intensa transformação diante desses negócios disruptivos e inovação, que já criaram para a Advocacia – só por agora – quase 30 novas funções no segmento. O fenômeno é semelhante para várias outras profissões.
E é por isso que o crescimento da indústria criativa mostra que outros setores tradicionais perdem espaço. Os números falarão por si só: a indústria de manufatura, antes 35% do PIB, hoje está em 11% segundo a FGV.
Notícias alvissareiras para Rio Claro oxigenam a imediata necessidade de projeção do futuro e preparo de seus cidadãos e seus negócios em geral, destacando-se a “indústria criativa”, numa onda global incontrolável.
William Nagib Filho – Advogado