O calor observado neste verão do Hemisfério Norte foi extraordinário e a tendência é que também seja assim no Hemisfério Sul. Depois de julho e agosto, setembro também atingiu um novo recorde nas temperaturas globais em comparação aos anos anteriores, levando os cientistas a definirem esse comportamento como “assustador”.
De acordo com pesquisadores climáticos, esses recordes de calor que vem ocorrendo nos últimos meses é em decorrência da rápida chegada do fenômeno El Niño, aliado às emissões de gases de efeito estufa, que impulsionam as mudanças climáticas. Nos anos anteriores, o planeta estava sob influência das condições de La Niña no Oceano Pacífico, que colaboraram para a redução da temperatura global à medida que mais calor era armazenado no oceano.
Agora as condições são do fenômeno El Niño, que libera calor nos oceanos e aumenta as temperaturas. Estudos recentes enfatizam que 2023 tende a ser o ano mais quente já registrado e 2024 pode ultrapassar esse recorde; já que, em linhas gerais, o impacto do aquecimento do El Niño é mais sentido no ano seguinte ao seu início.
Cientistas de diversos países afirmam que “apesar de parecer que os acontecimentos recentes tenham tomado um rumo alarmante, essa tendência de aquecimento global observada até o momento está de acordo com as previsões científicas”. Os impactos oriundos das mudanças climáticas vêm sendo sinalizados há muito tempo pelos cientistas; a questão é a vulnerabilidade por parte da população, intensidade e velocidade dos eventos climáticos.
Fonte: Climatempo