A trajetória de Maria Gabriela Lacerda, representante do Brasil no Miss Universo 2025, chegou ao fim na noite desta quinta-feira (20), em Bangkok, na Tailândia. A piauiense de 22 anos não avançou para o Top 12, mas quebrou um jejum de quatro anos ao levar o país de volta entre as 30 semifinalistas — algo que não ocorria desde 2021.
Durante o desfile de trajes típicos, realizado um dia antes da final, a brasileira emocionou a plateia ao apresentar um figurino inspirado em Nossa Senhora Aparecida, celebrando a fé e a identidade cultural brasileiras.
“Neste palco, visto a história e a força de um povo”, declarou na ocasião.
Após a eliminação, Maria Gabriela publicou uma mensagem de gratidão e espiritualidade nas redes sociais:
“Obrigada, meu Deus! A vontade de Deus é soberana. Hoje, mais uma vez, caminho vestindo fé. Cada passo que dou é um passo Dele”, escreveu a Miss Brasil, reforçando sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Quem é Maria Gabriela Lacerda
Natural do Piauí, Maria Gabriela tem 22 anos, é jornalista e católica declarada. Antes do Miss Universo, já havia participado de diversos concursos, entre eles Miss Teen Brasil e Miss Brasil 2021, quando conquistou a faixa de Miss Simpatia. Atualmente, é embaixadora da ONG Mães da Sé, que atua no apoio a famílias de desaparecidos desde 1996.
Uma edição histórica e plural
O Miss Universo 2025 ficou marcado por novidades: foi a edição com maior número de candidatas, além de contar com as primeiras misses acima de 40 anos a competirem — Nicole Peiliker-Visser (Bonaire) e Solange Keita (Ruanda), ambas de 42 anos.
A disputa também destacou a presença da primeira mulher transgênero asiática, a vietnamita Nguyễn Hương Giang, a quarta trans na história do concurso a tentar a coroa.
Vitória do México em meio a polêmica internacional
A grande vencedora foi a mexicana Fátima Bosch, de 25 anos. A coroação ganhou ainda mais repercussão após um episódio polêmico envolvendo um dos organizadores do evento, o executivo tailandês Nawat Itsaragrisil, que chamou a Miss México de “estúpida” durante uma transmissão ao vivo por não divulgar conteúdos sobre a Tailândia em suas redes sociais.
O caso gerou indignação mundial. Diversas candidatas se solidarizaram com Bosch, e até a presidente do México, Claudia Sheinbaum, se pronunciou, elogiando a postura da miss. A própria organização do Miss Universo repudiou o comportamento de Nawat e anunciou a limitação de seu papel no concurso.
Mesmo após pedir desculpas publicamente, o episódio marcou a edição e reforçou discussões sobre respeito e empoderamento feminino no cenário internacional.





